Carmina em Iogurtes: Ocorrência e Avaliação do Risco

Desde sempre existiu a necessidade de alterar certas características dos alimentos, como é o exemplo da cor. Para tal recorre-se, frequentemente, a substâncias artificiais ou naturais. Estas alterações visam principalmente torná-los mais atraentes para o consumidor, para que tenham a cor tomada como...

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Main Author: Pereira, Adriana Rodrigues da Silva
Format: Dissertation
Language:Portuguese
Published: ProQuest Dissertations & Theses 01-01-2019
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Description
Summary:Desde sempre existiu a necessidade de alterar certas características dos alimentos, como é o exemplo da cor. Para tal recorre-se, frequentemente, a substâncias artificiais ou naturais. Estas alterações visam principalmente torná-los mais atraentes para o consumidor, para que tenham a cor tomada como ideal ou preferida no alimento em si, mesmo que não tenha qualquer influência no sabor. O objetivo destas alterações relaciona-se apenas com a aparência, não havendo qualquer interesse ou efeito no valor nutricional do alimento.Um dos corantes naturais mais consumidos no mundo é a carmina, corante obtido através do corpo seco da cochonilha.Apesar de ser considerado seguro para a saúde humana e aprovado por diferentes agências internacionais, este corante mostra ser um dos mais conhecidos por causar reações alérgicas.Este corante é usado numa enorme variedade de produtos, principalmente alimentares, onde se incluem os iogurtes.A metodologia usada para avaliar o teor de carmina expresso em ácido carmínico presente nas amostras consistiu em proceder a uma hidrólise em meio ácido, seguida de deteção e quantificação por espetrofotometria UV-Vis a 494 nm.Neste estudo foram analisadas 30 amostras, 13 de iogurtes líquidos e 17 de iogurtes sólidos. De entre estas, 43,3% eram de marcas brancas e 56,6% de marcas de fabricante.No grupo constituído pelos iogurtes sólidos observou-se um valor máximo de 193,75 mg/kg e no dos iogurtes líquidos esse valor foi de 153,13 mg/kg. Das 17 amostras de iogurtes sólidos analisadas seis encontram-se acima do limite máximo de utilização permitido pela legislação europeia, 150 mg/kg, e dos 13 iogurtes líquidos analisados, duas também se encontram acima daquele limite.Apesar de algumas amostras se encontrarem acima dos valores permitidos, o valor da EDI não ultrapassou o valor da ADI estabelecido pela EFSA em 2015, podendo concluir-se que a ingestão de ácido carmínico veiculada pelo consumo de iogurtes não apresenta risco para a saúde dos consumidores.
ISBN:9798383764572