Monitorização Plasmática e Farmacocinética de Novos Fármacos Antiepilépticos em Doentes com Epilepsia Refratária: Foco no Levetiracetam
A Epilepsia é a doença neurológica que afeta mais de 50 milhões a nível mundial, dos quais cerca de 50 mil são Portugueses. Apesar de ser das doenças mais antigas e do variadíssimo arsenal de fármacos anticonvulsivantes atualmente prescritos, cerca de 1/3 dos doentes com epilepsia são refratários, n...
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Format: | Dissertation |
Language: | Portuguese |
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ProQuest Dissertations & Theses
01-01-2018
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Summary: | A Epilepsia é a doença neurológica que afeta mais de 50 milhões a nível mundial, dos quais cerca de 50 mil são Portugueses. Apesar de ser das doenças mais antigas e do variadíssimo arsenal de fármacos anticonvulsivantes atualmente prescritos, cerca de 1/3 dos doentes com epilepsia são refratários, não respondendo de forma adequada à medicação instituída. Tem-se vindo a verificar uma elevada variabilidade inter- e intra-individual na resposta farmacológica aos anticonvulsivantes de nova geração, tendo sido recentemente sugerido que os mesmos fossem monitorizados, recorrendo às concentrações plasmáticas, para contribuir para uma melhor individualização do regime posológico.Assim, o presente estudo consistiu em determinar as concentrações plasmáticas de anticonvulsivantes de nova geração (acetato de eslicarbazepina, lacosamida, levetiracetam, oxcarbazepina e zonisamide) numa população de 103 doentes com epilepsia refratária. Verificou-se que cerca de 35,5% dos doentes estavam medicados com levetiracetam, em mono ou politerapia, e por isso foi realizado um segundo estudo para identificar fatores que influenciam a farmacocinética do levetiracetam. Para tal recorreram-se a três modelos farmacocinéticos cujas capacidades preditivas para estimar as concentrações plasmáticas de levetiracetam, foram avaliadas em diversas subpopulações de acordo com o sexo, idade, índice de massa corporal, taxa de filtração glomerular, drug loade presença (ou não) de outros anticonvulsivantes inibidores e/ou indutores enzimáticos.Na generalidade, o modelo de farmacocinética populacional mais adequado para estimar as concentrações plasmáticas do levetiracetam na população em estudo é o modelo de Rhee et al. (2017), pois apresentou melhor exatidão e precisão para prever as concentrações plasmáticas de levetiracetam. A única exceção, foi aquando da co-administração de fármacos antiepilépticos indutores metabólicas, na qual se verificou que o modelo mais exto e preciso foi o de Toublanc et al. Assim, sempre que estiverem presentes fármacos indutores deverá ser usado o modelo de Toublanc et al. (2014). Quando não estão presentes fármacos antiepiléticos indutores e estão disponíveis o dado bioquímico necessário para estimar a taxa de filtração glomerular (albumina, azoto ureico e creatinina) deverá ser usado o modelo de Rheeet al. (2017).A presente dissertação sugere um fluxograma de escolha do melhor modelo para estimar as concentrações plasmáticas do levetiracetam em função das características demográficas, clínicas e farmacológicas da população Portuguesa aqui estudada. |
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ISBN: | 9798383754023 |