Desmontar e remontar a história: crises sanitárias e imagem

No presente artigo, investigamos os enquadramentos incidentes sobre os corpos adoecidos durante très crises sanitarias: o surto de febre amarela (1849-1906), a gripe espanhoLa (1918-1919) e a COVID-19 (2020-). A pesquisa é conduzida a partir da operaçâo da montagem, conforme os postulados de Georges...

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Published in:Revista FAMECOS Vol. 31; no. 1; pp. 1 - 17
Main Authors: Lins, Marcela Barbosa, Cristina, Ángela, Marques, Salgueiro, Santos, Caio Dayrell
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Porto Alegre EDIPUCRS 01-01-2024
Subjects:
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Description
Summary:No presente artigo, investigamos os enquadramentos incidentes sobre os corpos adoecidos durante très crises sanitarias: o surto de febre amarela (1849-1906), a gripe espanhoLa (1918-1919) e a COVID-19 (2020-). A pesquisa é conduzida a partir da operaçâo da montagem, conforme os postulados de Georges Didi-Huberman. Defendemos que este método, ao permitir aproximaçôes entre cenas heterogéneas, nos ajuda a enquadrar o enquadramento, a pensar suas operacionalidades e suas fraturas. Articulamos e relacionamos fotografías do acervo iconográfico do Instituto Oswaldo Cruz e ¡magens do documentário Estamos te esperando em casa (2021), de Cecilia da Fonte e Marcelo Pedroso. Ao longo da investigaçao, percebemos que, apesar da predominancia dos enquadramentos biopoLíticos nas ¡magens, foi possível perceber urna potencia de figuraçao, sobretudo quando a equipe médica aciona táticas para recriar condiçöes de contato, seja entre os médicos e pacientes, seja entre os pacientes e seus familiares. Há urna agencia que se acende em certas ¡magens que produz brechas e intervalos ñas semánticas consensuáis, trazendo outros mecanismos de leg i bi lidade da história, do comum e da experiencia, que diferem dos quadros de representaçao explicativos que somam violencias simbólicas a sujeitos que já sao alvos cotidianos de opressóes.
ISSN:1415-0549
1980-3729
DOI:10.15448/1980-3729.2024.l.44086