A Psicoterapia de Grupo de Orientação Grupanalítica: Levantamento e Caraterização a Nível Nacional em Meio Hospitalar e Avaliação da Eficácia em Grupos Psicoterapêuticos de Diferentes Dimensões
Com a presente tese e atendendo à escassez de informação clínica nesta área, pretendemoscontribuir para uma maior divulgação e para um maior conhecimento da Grupanálise e daPsicoterapia de Grupo de Orientação Grupanalítica, a nível nacional, através da realização detrês estudos. Todos os estudos env...
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Format: | Dissertation |
Language: | Portuguese |
Published: |
ProQuest Dissertations & Theses
01-01-2022
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Summary: | Com a presente tese e atendendo à escassez de informação clínica nesta área, pretendemoscontribuir para uma maior divulgação e para um maior conhecimento da Grupanálise e daPsicoterapia de Grupo de Orientação Grupanalítica, a nível nacional, através da realização detrês estudos. Todos os estudos envolveram o tratamento psicoterapêutico de grupo deorientação grupanalítica em grupos de diferentes dimensões, pequena e média, tendo comoúnica psicoterapeuta a investigadora principal.O primeiro estudo, de âmbito nacional, de natureza descritiva e transversal, pretendeu fazerum levantamento e caracterização dos técnicos com formação grupanalítica, ministrada pelaSPGPAG, e da sua prática clínica, através de uma investigação quantitativa, utilizando uminquérito como método de recolha de informação, através de um questionário em formatodigital. Tratou-se de um estudo pioneiro na sua área, tendo utilizado uma amostra nãoprobabilística, selecionada de forma sequencial por método de conveniência e de acordo como objetivo do estudo, composta por 95 respondentes formados ou em formação pelaSPGPAG. De acordo com os resultados obtidos, os grupanalistas portugueses sãomaioritariamente do género feminino, casados e com filhos, no ativo e a trabalhar no setorpúblico, caucasianos, portugueses, naturais da região de Lisboa, com licenciaturas na área daSaúde, predominantemente Psicologia e Medicina. Relativamente à prática clínica, trabalhammaioritariamente com Grupos Psicoterapêuticos de Orientação Grupanalítica,predominantemente no setor público, cada respondente tinha em média dois grupos semanaisde pequena dimensão, heterogéneos, com sessões de 90 minutos, tratamentos com umaduração média de quatro anos, compostos por pessoas com os seguintes diagnósticos:perturbações depressivas, de personalidade, psicóticas, afetivas, de ansiedade epsicossomáticas.O segundo estudo, também ele pioneiro a nível nacional, de natureza qualitativa com umaabordagem essencialmente fenomenológica, pretendeu, com recurso à Análise de ConteúdoCategorial Temática, conhecer, através do feedbackdos participantes, quais as dimensõesmentais envolvidas na passagem de um grupo psicoterapêutico pequeno para um grupomédio, avaliando se o tratamento psicoterapêutico seria percecionado pelos utentes de formasignificativamente diferente. Utilizou para o efeito uma amostra não probabilística, deconveniência para o estudo, composta por 12 utentes seguidos na consulta externa de umhospital público da cidade de Lisboa. De acordo com os resultados, podemos afirmar que,para além de não existir uma diferença significativa entre os tratamentos psicoterapêuticosem grupos pequenos e médios segundo a perceção dos utentes, destacou-se uma diferença aonível da Interatividade, observando-se um maior Dinamismo entre os elementos do grupomédio, e também ao nível da Temporalidade, através da prevalência da ideia de Evoluçãoentre os utentes desse mesmo grupo.O terceiro estudo, também ele pioneiro a nível nacional e internacional, de natureza quaseexperimental (de intervenção), analítico, prospetivo e longitudinal, pretendeu estudar se aeficácia terapêutica variava em função da dimensão dos grupos psicoterapêuticos, pequenosversus médios, ao longo de três momentos de avaliação: no início do tratamento, ao fim detrês meses e ao fim de seis meses de tratamento, através da aplicação de dois questionários deautopreenchimento, SCL-90-R e EBEP, num hospital público da cidade de Lisboa. Tratou-sede uma amostra não probabilística, composta por 132 utentes, dividida em dois grupospsicoterapêuticos e um grupo controlo. Os resultados mostraram não existir diferenças querao nível do índice geral de sintomas quer ao nível do índice geral de bem-estar psicológicorelativamente aos grupos psicoterapêuticos, ou seja, ambos os grupos, pequenos e médios,mostraram ser terapeuticamente eficazes. Ainda assim, o grupo psicoterapêutico médiomostrou um decréscimo significativo da sintomatologia psicopatológica do terceiro para osexto mês de tratamento, mostrando que a intervenção psicoterapêutica de grupo deorientação grupanalítica é bastante eficaz num grupo desta dimensão após 6 meses detratamento. O estudo apresentou ainda algumas limitações - a composição dos gruposexperimentais mostrou ser heterogénea relativamente às variáveis género, estado civil,trabalho, diagnóstico e número de internamentos -, as quais permitiram a reflexão crítica econstrutiva no âmbito da presente investigação clínica.Em termos de considerações finais, destacou-se a importância dos estudos apresentados, nãosó pela escassez dos mesmos a nível nacional e daí o contributo para uma maior divulgação emaior conhecimento da Grupanálise e da Psicoterapia Analítica de Grupo, como também pelaescassez de investigação a nível internacional nesta área específica. Destacou-se, ainda, emparticular, o contributo dado ao estudo dos grupos psicoterapêuticos de média dimensãocomo alternativa terapêutica eficaz em contexto hospitalar. Foram ainda tecidas algumasreflexões sobre o papel da psicoterapeuta versusinvestigadora em contexto institucionalpúblico. |
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ISBN: | 9798382669267 |