Assessement of Cardiovascular Secundary Prevention in Poste-Acute Myocardial Infarctation Patients: Clinical and Prognostic Significance

Introdução: A mortalidade associada ao enfarte agudo do miocárdio (EAM) tem diminuído nas últimas décadas. No entanto, o risco cardiovascular (CV) residual dos sobreviventes de EAM permanece elevado, com mortalidade a um ano após EAM de 10-24%. Portanto, uma prevenção secundária é crítica para ating...

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Main Author: Moreira, Mauro Renato Ribeiro
Format: Dissertation
Language:Portuguese
Published: ProQuest Dissertations & Theses 01-01-2021
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Summary:Introdução: A mortalidade associada ao enfarte agudo do miocárdio (EAM) tem diminuído nas últimas décadas. No entanto, o risco cardiovascular (CV) residual dos sobreviventes de EAM permanece elevado, com mortalidade a um ano após EAM de 10-24%. Portanto, uma prevenção secundária é crítica para atingir uma redução do risco otimizada.Objetivos: O nosso objetivo foi estudar a proporção de doentes com prevenção CV otimizada aos 3-, 12- e 24-meses após EAM, as suas correlações clínicas e significado prognóstico.Métodos: Realizámos um estudo observacional, retrospetivo, de coorte, num único centro que avaliou doentes pós-EAM que participaram e completaram um programa de reabilitação cardíaca de fase 2 baseado no exercício, na Unidade de Reabilitação Cardíaca de um hospital terciário (Centro Hospitalar Universitário do Porto, Portugal) de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2017. Reunimos dados sobre as suas características sociodemográficas, clínicas e analíticas. Realizámos uma regressão linear multivariada para estudar as correlações clínicas de uma redução subotimizada do risco CV e uma análise Cox para estudar as suas associações e prognóstico clínico.Resultados: Dos 202 doentes incluídos, a idade média foi 61±11 anos e 82% eram do sexo masculino. Os fatores de risco CV mais prevalentes foram tabagismo (67%) e dislipidemia (64%). Cerca de 57-69% dos doentes tiveram pressão arterial sistólica (PAS) controlada ao longo do tempo. Aos 3 meses, 56% dos doentes tinha níveis plasmáticos de LDL-C controlados e 13% mantinha hábitos tabágicos. A maioria dos doentes teve índice de massa corporal controlado ao longo do tempo (53%-76%). No baseline, 69% dos doentes que tinham indicação para tomar inibidores da enzima conversora da angiotensina/bloqueadores dos recetores da angiotensina e 90% dos doentes com indicação para tomar β-bloqueadores estavam sob terapêutica com estes fármacos, respetivamente. Aos 12 meses, 50% daqueles com indicação para inibidores do P2Y12 estavam medicados com estes fármacos. O sexo feminino foi a única variável que se associou de forma independente a um controlo subotimizado dos fatores de risco CV aos 3- meses (P=0,01). Este estudo reportou 41 eventos ao longo de um período de seguimento mediano de 3,1 anos. O evento CV adverso major (ECAM) mais comum foi síndrome coronário agudo (10%).Doentes que tiveram ECAM eram mais velhos (P=0,003), tinham maior prevalência de diabetes mellitus (P<0,001), EAM prévio (P=0,027) e doença arterial obstrutiva periférica (P<0,001). Após correção para idade e sexo, PAS aos 3 meses foi o único fator de risco CV que se correlacionou de forma independente com a ocorrência de ECAM (P=0,01).Conclusões: Os nossos dados mostram uma proporção significativa de doentes com subotimização persistente do controlo do risco CV, apesar da melhoria observada nos primeiros 3 meses de seguimento. Apenas o sexo feminino foi um preditor independente do controlo subotimizado de fatores de risco CV. A PAS aos 3 meses foi o único fator de risco CV que se associou de forma independente à ocorrência de ECAM.
ISBN:9798382413532