Prevalência da Disfagia na Pessoa com Acidente Vascular Cerebral
Enquadramento: A disfagia no após acidente vascular cerebral (AVC) tem sido atribuída à disfunção e incoordenação muscular faríngea e à perda de controlo do sistema nervoso central. As lesões do tronco encefálico são comumente citadas como tendo uma associação com a presença de disfagia. No entanto,...
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Format: | Dissertation |
Language: | Portuguese |
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ProQuest Dissertations & Theses
01-01-2020
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Summary: | Enquadramento: A disfagia no após acidente vascular cerebral (AVC) tem sido atribuída à disfunção e incoordenação muscular faríngea e à perda de controlo do sistema nervoso central. As lesões do tronco encefálico são comumente citadas como tendo uma associação com a presença de disfagia. No entanto, também tem sido sugerido que as lesões em locais corticais podem ser mais comuns em doentes com disfagia ou naqueles com risco de aspiração.Objetivos: Determinar a prevalência da disfagia em doentes pós acidente vascular cerebral; relacionar a influência de fatores sociodemográficos e clínicos na ocorrência de disfagia em doentes pós AVC.Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto 60 doentes em situação de pós AVC internados no Serviço de Medicina de um Centro Hospitalar da zona centro do país. O diagnóstico de internamento de AVC no Serviço. O instrumento de recolha de dados foi um questionário com questões de caracterização sociodemográfica e clínica e a Escala GUSS de Stroke (2007).Resultados: Trata-se de uma amostra constituída maioritariamente por mulheres (55,6%), com uma média de idades de 79,37 anos (±10,12 anos). Grande parte dos doentes (85,0%) tem a sua doença associada a algum fator risco, dos quais 66,7% têm hipertensão arterial, 30% fibrilhação auricular, 31,7% dislipidémia, 16,7% diabetes mellitus, 10,0% alcoolismo, 23,3% sofrem de obesidade. Prevalece o AVC isquémico (83,3%), sendo que 55,0% apresentam como local da lesão o hemisfério direito e 45,0% o hemisfério esquerdo. A maioria dos doentes apresenta lesão na artéria cerebral média (54,5%); 48 doentes que tiveram défices evidenciados, com prevalência da disartria (31,7%) e hemiparesia (38,3%); 22,0% tiveram um AVC anterior. Apenas 3 doentes apresentam sequelas na deglutição (23,1%), com 11,8% a ter reabilitação dirigida à disfagia, dos quais 3 deles o programa foi realizado pelo terapeuta da fala (75,0%), com duas secções para 2 doentes (40,0%) e cinco sessões para 3 doentes (60,0%), com uma duração de 10 minutos para 2 doentes (66,7%) e de 20 minutos no caso de 1 doente (33,3%). Apenas em 5,2% dos doentes foi contemplada a continuidade da reabilitação da disfagia na alta; em 36,8% dos doentes foi realizado ensino formal de preparação para a alta, tendo o mesmo sido dirigido, na maioria dos casos, ao doente (47,6%). Em grande parte dos casos, o ensino foi planeado pelo enfermeiro generalista (57,1%).Conclusões: O grau de dependência é preditor da disfagia nas primeiras 24 horas, nas 48 horas e na alta. Assim, os doentes com maior grau de dependência mais disfagia apresentam nos três momentos de avaliação. |
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ISBN: | 9798209870791 |