Medida Epidemiológica de Mulheres Reclusas na Amazônia Ocidental, Brasil
Introdução: o sistema prisional no estado brasileiro do Acre, localizado na região ocidental da Amazônia, é um ramo do sistema de justiça criminal que tem sofrido por situações como a superlotação e o crescimento do crime organizado interno. A prevalência destas questões afeta diretamente a ressocia...
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Published in: | Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano Vol. 32; no. 1; p. 92 |
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Main Authors: | , , , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Sao Paulo
Journal of Human Growth and Development
01-01-2022
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Subjects: | |
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Summary: | Introdução: o sistema prisional no estado brasileiro do Acre, localizado na região ocidental da Amazônia, é um ramo do sistema de justiça criminal que tem sofrido por situações como a superlotação e o crescimento do crime organizado interno. A prevalência destas questões afeta diretamente a ressocialização dos prisioneiros e inibe a preservação bem sucedida dos seus valores e crenças sociais. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico das mulheres encarceradas no Estado do Acre, Brasil. Método: Estudo descritivo transversal, sendo que 129 participantes foram recrutadas em penitenciárias femininas no Estado do Acre. Conduzidos entre agosto e dezembro de 2017, os dados foram recolhidos através de um questionário validado, dividido em módulos, utilizando tanto artigos abertos como fechados. Resultados: verificamos que a maioria das mulheres que participaram no estudo eram solteiras (n = 86, 66,7%), tinham pele castanha (n = 93, 72,1%), tinham filhos (n = 102, 79,1%), residiam no estado do Acre (n = 117, 90,5%). A idade média da amostra foi de 27,69 anos. Entre os participantes que declararam ter parceiros (n = 40, 31%), descobrimos que metade tinha parceiros que também estavam encarcerados (n = 20, 50%). Os resultados do estudo indicam também que o tráfico de drogas (n = 86, 66,7%) foi a principal causa de encarceramento feminino, seguido do crime de homicídio (n = 16, 12,4%). Mais de metade dos participantes estiveram na prisão pela primeira vez (n = 75, 58,1%), com uma elevada taxa de reincidência observada na amostra total (n = 54, 41,9%). A maioria dos participantes (n = 97, 75,2%) manteve-se em contato com membros das suas famílias e uma parte menor (n = 15, 11,6%) recebeu visitas conjugais. No que respeita às atividades sociais, pouco mais de metade (n = 75, 58,1%) trabalhou e a maioria (n = 114, 88,4%) não estudou enquanto esteve presa. Conclusão: as dificuldades associadas ao acesso aos dados dos presos e a falta de estudos revistos por pares sobre a saúde dos presos no Brasil sugerem que as políticas públicas recomendadas pelo Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário - PNSSP e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - PNAISM devem ser reavaliadas. |
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ISSN: | 0104-1282 2175-3598 |
DOI: | 10.36311/jhgd.v32.12616 |