Análise do Tempo de Sobrevida Após o Diagnóstico de Meningioma Intracraniano Canino e Sua Relação Com os Sinais Neurológicos, localização Tumoral e Tratamento Instituído
Para a análise do tempo de sobrevida de cães com meningioma intracraniano canino em função do tratamento aplicado, e avaliação dos sinais neurológicos e localização tumoral como possíveis fatores de prognóstico, foi realizado um estudo retrospetivo com inclusão de 49 cães com diagnóstico presuntivo...
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Format: | Dissertation |
Language: | Portuguese |
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ProQuest Dissertations & Theses
01-01-2021
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Summary: | Para a análise do tempo de sobrevida de cães com meningioma intracraniano canino em função do tratamento aplicado, e avaliação dos sinais neurológicos e localização tumoral como possíveis fatores de prognóstico, foi realizado um estudo retrospetivo com inclusão de 49 cães com diagnóstico presuntivo (n=42) ou definitivo (n=7) de meningioma intracraniano, agrupados consoante o tratamento instituído: farmacológico (n=38) – paliativo (n=32) ou quimioterapia (n=6) – e cirúrgico (n=11) – cirurgia (n=7) ou cirurgia e quimioterapia (n=4).A mediana do tempo de sobrevida (MTS) para o grupo submetido a tratamento paliativo foi de 147 dias (4,9 meses), já quando apenas executada cirurgia esta foi de 129 dias (4,3 meses).A administração de quimioterapia isolada ou adjuvante à cirurgia resultou numa MTS de 360 dias (11,8 meses) e 468 dias (15,6 meses), respetivamente, demonstrando um efeito positivo no tempo de sobrevida dos cães com meningioma intracraniano. Não se verificou diferença entre as curvas de distribuição de tempos de sobrevida de cada grupo de tratamento (p=0,156). Contudo, para p<0,1, os cães com meningioma intracraniano presuntivo inseridos no grupo de tratamento paliativo tinham cerca de 1,926 e 2,832 vezes maior probabilidade de morrer a qualquer instante do que se incluídos em outro grupo de tratamento (p=0,051) ou a tratamento multimodal com cirurgia e quimioterapia (p=0,095). Mais frequentemente o meningioma foi rostrotentorial (61,2%, n=30) (p=0,116), mais associado à apresentação de crises epiletiformes (p<0,001) e exame neurológico sem alterações significativas (p=0,023). A síndrome vestibular (p=0,002), a dor neuropática (p=0,041) e os problemas na marcha (p=0,006) resultam mais provavelmente da presença de um meningioma infratentorial. Cães com meningioma intracraniano sem problemas na marcha e défices propriocetivos sobreviveram significativamente mais tempo (p=0,020), sendo que para p<0,01, a localização infratentorial (p=0,084) e presença de problemas na marcha (p=0,020) estão associadas a uma maior probabilidade de morrer a qualquer instante. A administração de quimioterapia adjuvante à cirurgia para o tratamento de meningioma intracraniano canino parece vantajosa. Adicionalmente, é possível que a associação de quimioterapia ao tratamento paliativo aumente a eficácia do protocolo farmacológico. Localização infratentorial e manifestação de problemas na marcha e/ou défices propriocetivos podem conferir um pior prognóstico em cães com meningioma intracraniano presuntivo. |
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ISBN: | 9798780668749 |