A mineração aurífera na ocupação do planalto curitibano e litoral paranaense (Séculos XVI-XVIII)

O território que hoje chamamos Planalto curitibano e litoral paranaense foi um território incorporado a esfera da colonização portuguesa em meados do século XVII, como conseqüência da expansão da economia paulista para o sul. Inicialmente centrada na caça ao índio nestas regiões por meio de expediçõ...

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Published in:Geosul Vol. 27; no. 54; pp. 116 - 137
Main Authors: Jefferson De Lima Picanço, Maria José Mesquita
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 01-09-2013
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Summary:O território que hoje chamamos Planalto curitibano e litoral paranaense foi um território incorporado a esfera da colonização portuguesa em meados do século XVII, como conseqüência da expansão da economia paulista para o sul. Inicialmente centrada na caça ao índio nestas regiões por meio de expedições eufemisticamente chamadas de “resgates”, também se desenvolveu a mineração de ouro aluvionar. No período de mais intensa exploração do metal foram fundadas as vilas de Paranaguá e Curitiba. Com o abandono da mineração e com o estabelecimento do caminho das tropas, ligando o sul da colônia às novas regiões mineradoras, desenvolveu-se uma segunda fase de fundação de novas vilas, já relacionadas com a atividade campeira. A decadência da mineração e a instalação de outras atividades econômicas foram responsáveis pelo reordenamento das vilas durante todo o século XVIII. A formação das vilas de São José dos Pinhais, próximo das lavras do Arraial e de Morretes, próximo às lavras do rio do Pinto, não estão diretamente relacionadas às atividades mineradoras. A mineração aurífera no planalto curitibano e litoral paranaense foi importante na geração de recursos humanos, que viriam a participar da descoberta e exploração dos ricos depósitos mineiros, goianos e mato-grossenses. Contudo, a mineração não foi responsável pelo desenvolvimento de uma grande rede de centros urbanos, como ocorreu em Minas Gerais e em Goiás.
ISSN:0103-3964
2177-5230
DOI:10.5007/2177-5230.2012v27n54p116