ESTUDO DAS INTERFERÊNCIAS ENTRE OS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DO CAMPUS DA UNICAMP EM BARÃO GERALDO - CAMPINAS, SP

• Published in: Águas subterrâneas (São Paulo, Brazil)
• Main Authors: RENATTA CHRISTINA DA COSTA LEMOS VILELA, ANA ELISA SILVA DE ABREU
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas 01-01-2019
• ISSN: 0101-7004; 2179-9784
• DOI: 10.14295/ras.v0i0.29331

No campus da UNICAMP em Barão Geraldo, Campinas, SP, há oito poços tubulares profundos, que exploram os aquíferos cristalino e diabásio. Dentre estes poços, três estão em operação e cinco estão atualmente desativados. A prefeitura do campus tem a intenção de reativar parte destes poços, porém as interferências entre poços são ainda desconhecidas. Como não há condições operacionais para paralisação dos poços para execução de testes de bombeamento, optou-se por realizar o acompanhamento dos níveis dinâmicos dos poços sem bombeamento e procurar entender se as eventuais alterações poderiam ser explicadas pelo acionamento ou desligamento dos poços em uso. Estes procedimentos foram executados mantendo-se apenas um poço em funcionamento por vez, buscando-se isolar os efeitos de cada poço. Como isso foi possível identificar que o poço do carvão sofre rebaixamentos de até 30 metros quando o poço do IMEC é ligado e que o poço do SIARQ sofre rebaixamento de até 60 centímetros quando o poço da Zoologia é ligado. Nestes dois poços não foram identificadas interferências de outros poços. Para o poço GMU, a prefeitura universitária esperava que houvesse uma clara interferência em função da sua proximidade e posicionamento central em relação aos três poços em uso, porém os resultados não foram conclusivos. As alterações de nível foram de até 20 centímetros, mas não sistemáticas. No poço dos Correios, que explora o aquífero freático raso, além do aquífero fraturado profundo, verificaram-se apenas oscilações devido à maré lunar. O estudo permitiu a identificação das principais interferências entre os poços existentes, possibilitando a tomada de decisões mais técnicas para as ações futuras no abastecimento de água da universidade. Além disso, confirmou que a proximidade dos poços não tem relação direta com as conexões hidrogeológicas no caso de aquíferos fraturados