O que fazer quando as grades se abrem? Motivações empreendedoras e crenças individuais de egressos de penitenciárias

Objetivo: investigar as motivações empreendedoras e as crenças individuais de egressos de penitenciárias cearenses no que diz respeito a abrir o próprio negócio, segundo a teoria do comportamento planejado. Metodologia/Abordagem: realizou-se uma investigação de abordagem qualitativa, com 11 egressos...

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Published in:Regepe Entrepreneurship and Small Business Journal Vol. 10; no. 3
Main Authors: Larissa Cavalcante Albuquerque, Evangelina da Silva Sousa, Raimundo Eduardo Silveira Fontenele, Tereza Cristina Batista de Lima
Format: Journal Article
Language:English
Published: Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (ANEGEPE) 01-09-2021
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Summary:Objetivo: investigar as motivações empreendedoras e as crenças individuais de egressos de penitenciárias cearenses no que diz respeito a abrir o próprio negócio, segundo a teoria do comportamento planejado. Metodologia/Abordagem: realizou-se uma investigação de abordagem qualitativa, com 11 egressos do sistema prisional cearense. Os dados, coletados por meio de entrevista semiestruturada, foram examinados com o auxílio do software Atlas-ti, pelas técnicas de análise de conteúdo e pattern matching. Resultados: os egressos manifestaram a intenção de abrir o próprio negócio, motivados por necessidade, oportunidades e realização pessoal; sob a influência das crenças comportamentais, normativas e de controle percebido. Contribuições teóricas/metodológicas: com base na teoria do comportamento planejado, o estudo promove e amplia a discussão sobre o empreendedorismo após um período de privação de liberdade, identificando as crenças que antecedem a intenção empreendedora. Relevância/Originalidade: os achados se contrapõem à classificação dicotômica da motivação empreendedora, descrita pelo Global Entrepreneurship Monitor; e ratificam a importância da influência dos referentes sociais na construção das crenças normativas, percebidas como facilitadoras da intenção comportamental (frequentemente confundidas com as crenças de controle percebido). Contribuições sociais: o reconhecimento da baixa empregabilidade de ex-detentos como um problema de gestão, que pode ser um início para o debate de estratégias voltadas à minimização dos impactos negativos advindos dessa situação. Este estudo, desse modo, promove o convite ao esforço conjunto entre poder público, população e academia, com fins de rever e mitigar, respectivamente, paradigmas e preconceitos relacionados aos ex-infratores pela sociedade.
ISSN:2965-1506
DOI:10.14211/regepe.e1938