Comparação da ação mutagênica entre Arsênio, Mercúrio e Chumbo em linhagem de fibroblastos humanos por meio do ensaio do Cometa e teste do Micronúcleo

Mutágenos são agentes que causam alterações no material genético. Muitas substâncias são sabidamente mutagênicas, destacando-se entre elas os metais pesados, que são prejudiciais por não serem biodegradáveis, acumulando-se em diversos tecidos. Constantemente, esses metais são despejados no meio ambi...

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Published in:Semina. Ciências biológicas e da saúde Vol. 38; no. 1supl; p. 135
Main Authors: Silva, Ludmilla Souza Campos da, Sagica, Fernanda do Espirito Santo, Oliveira, Edivaldo Herculano Correa de
Format: Journal Article
Language:English
Published: 16-02-2018
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Summary:Mutágenos são agentes que causam alterações no material genético. Muitas substâncias são sabidamente mutagênicas, destacando-se entre elas os metais pesados, que são prejudiciais por não serem biodegradáveis, acumulando-se em diversos tecidos. Constantemente, esses metais são despejados no meio ambiente sem tratamento prévio, sendo atualmente os poluentes ambientais mais comuns pela excessiva utilização industrial e agrícola, acumulando-se no solo e corpos aquáticos, afetando assim a qualidade e a segurança alimentar. A realização de bioensaios, como o ensaio cometa e o teste do micronúcleo, torna-se fundamental para avaliação e melhor entendimento de seu potencial mutagênico. O arsênio (As) é um dos metais mais nocivos à saúde humana, sendo amplamente distribuído no ambiente devido à ação antropogênica, assim como o mercúrio (Hg), e o chumbo (Pb). Avaliar comparativamente as propriedades mutagênicas do As, do Hg e do Pb, por meio do teste do micronúcleo e ensaio cometa, em linhagem de fibroblastos humanos. Exposição das culturas a quatro tratamentos diferentes: MeHg (5mM), Pb (0,05?g), As (0,001?g) e meio sem metais. Foram encontradas diversas alterações relacionadas com anomalias celulares e quebras no DNA, com frequências diferentes para cada tratamento. A frequência de apoptose foi estatisticamente maior no tratamento com Pb (p<0,05), e a frequência de micronúcleos, maior no tratamento com MeHg (p<0,05). A frequência de brotos e pontes foi estatisticamente maior nas células tratadas com MeHg e As (p<0,05), e as células necróticas foram mais frequentes nas células tratadas com Pb e As (p<0,05). O ensaio cometa demonstrou que a média de DNA fragmentado pela exposição ao MeHg (46,70%) foi maior, seguido pelo As (14,15%), Pb (7,63%) e C- (3,56%). Os três metais induzem quebras no DNA, porém em intensidades diferentes: a maior foi observada após a exposição ao MeHg, seguida pelo As e Pb. Conclui-se que as células in vitro respondem de maneiras distintas aos metais a que foram expostas. Esses aparentes mecanismos diferentes de citotoxicidade estão servindo de base para novos experimentos empregando metodologias que avaliam aspectos do metabolismo celular.
ISSN:1676-5435
1679-0367
DOI:10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp135