Análise dos parâmetros clínicos e volumétricos das lesões de substância branca identificadas por ressonância magnética em mulheres portadoras de migrânea

Introdução As lesões de substância branca (LSB) são as alterações macroestruturais mais comuns na migrânea e estão relacionadas à perda mielínica/axonal, rarefação neuronal e gliose; porém seu significado clínico é incerto. A inflamação neurogênica, a depressão alastrante cortical e a oligoemia pode...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista Headache Medicine (Online) Vol. 12; no. Supplement; p. 28
Main Authors: Silva, Natália de Oliveira, Nather Júnior, Júlio César, Maciel, Nicole Machado, Carvalho, Gabriela Ferreira, Grossi, Débora Bevilacqua, Dach, Fabíola, Santos, Antônio Carlos dos
Format: Journal Article
Language:English
Published: 17-11-2021
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Introdução As lesões de substância branca (LSB) são as alterações macroestruturais mais comuns na migrânea e estão relacionadas à perda mielínica/axonal, rarefação neuronal e gliose; porém seu significado clínico é incerto. A inflamação neurogênica, a depressão alastrante cortical e a oligoemia podem estar implicados na gênese dessas lesões. Assim, aventa-se o papel das LSBs como biomarcadores na migrânea. Objetivos Caracterizar as LSBs em mulheres com migrânea quanto à presença, número, volume e localização. Comparar as LSBs entre os grupos: migrânea sem aura, migrânea com aura, migrânea crônica e grupo controle. Avaliar a influência de variáveis clínicas sobre as características das LSBs. Material e Métodos Estudo transversal com 60 voluntárias, entre 18-55 anos, alocadas igualmente entre os grupos, pareadas por média de idade, submetidas à ressonância magnética de alta resolução. As imagens foram processadas por softwares de morfometria baseada em voxel. As lesões foram identificadas e segmentadas manualmente por um neurologista e avaliadas cegamente por 2 neurorradiologistas.  Resultados Os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Coeficiente de Spearman foram utilizados para análise estatística. Não houve diferença nas variáveis de LSB entre os grupos, o que se manteve nas análises de subgrupo quando as lesões foram caracterizadas por tamanho e localização. A idade e o tempo de doença foram as variáveis clínicas que mais influenciaram as LSB, sobretudo na ínsula. A frequência de aura influenciou as LSBs do lobo temporal. Não foram encontradas correlações com frequência de crises, intensidade de dor e tratamento profilático. Todas as LSBs foram supratentoriais e predominaram nos territórios de circulação anterior. Conclusão O tipo de migrânea não influencia na formação de LSBs. A ínsula e o lobo temporal podem estar envolvidos na fisiopatologia da crise migranosa. Não foi possível estabelecer se a migrânea é um fator de risco para LSBs
ISSN:2763-6178
2763-6178
DOI:10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.28