A interprofissionalidade no combate a violência sexual infantil um relato de experiência do PET-Saúde-Interprofissionalidade

Introdução:  O interesse sexual de um ou mais adultos em relação a uma criança ou adolescente é denominado como abuso sexual, e pode ocorrer tanto no ambiente intrafamiliar quanto no meio extrafamiliar.1 Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que ao redor do mundo, em torno de 7-36% das...

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Published in:Saude e Meio Ambiente Vol. 9; no. Supl.1; pp. 14 - 15
Main Authors: Silva, Ana Fernanda Souza e, Parente, Giovanna da Silva, Gama, Isadora Cecília Salgado, Pessoa Filho, Astrogildo Settini, Thomé, Lucianna Souza Alonso, Tsumura, Luciana Eika, Uliana, Catchia Hermes
Format: Journal Article
Language:English
Published: 01-12-2020
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Summary:Introdução:  O interesse sexual de um ou mais adultos em relação a uma criança ou adolescente é denominado como abuso sexual, e pode ocorrer tanto no ambiente intrafamiliar quanto no meio extrafamiliar.1 Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que ao redor do mundo, em torno de 7-36% das meninas e 3-29% dos meninos sofreram algum tipo de abuso sexual na infância. Embora elevadas, as estatísticas são subestimadas, dada a construção do “muro do silêncio” da qual participam familiares e até profissionais da saúde resultando em encobertamente da violência.2 As potenciais consequências no desenvolvimento infanto-juvenil acometem o âmbito físico, psíquico, social, sexual e outros.1 Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas em uma ação sobre combate à violência sexual infantil para alunos do quinto ano do Ensino Fundamental II. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicas do curso de medicina e farmácia que compõem o grupo PET-Saúde-Interprofissionalidade do município de Três Lagoas - Mato Grosso do Sul, com a participação de uma psicóloga e uma educadora social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Resultados: Dada a importância do tema, as acadêmicas solicitaram o auxílio das profissionais do CREAS para abordagem do assunto a fim de fornecer qualidade na transmissão de informações e didática adequada. A princípio, abordou-se os aspectos comportamentais naturais da infância e adolescência, em seguida frases comumente ditas por abusadores, tipos de abusos e sinais típicos de crianças que sofreram algum tipo de violência como, por exemplo, o isolamento social, estigmatização, vergonha, medo, ansiedade, depressão.2 As crianças e adolescentes do sexo feminino são as vítimas predominantes nesse tipo de violência, que ocorre principalmente no ambiente doméstico3, dados demonstrados por meio de depoimentos dos alunos às acadêmicas. Através do olhar das discentes, e das experiências compartilhadas a partir do vínculo criado com profissionais e crianças da escola, são inúmeras as situações que predispõem a perpetuação desse tipo de violência, tais como pouco diálogo com pais e responsáveis sobre o assunto e alta exposição às mídias sociais. Nesta experiência foi possível observar que o agressor geralmente possui proximidade com a vítima, estabelecendo uma relação de confiança e afeto com a criança, o que gera sentimentos de dúvidas na vítima, a qual não é capaz de discernir demonstrações de afeto e o abuso sexual.1  A ação auxiliou a instruir sobre como e para quem pedir ajuda, fortalecendo o vínculo entre o jovem e a escola e com Unidades Básicas de Saúde. Considerações Finais: A intervenção na escola unindo de forma interprofissional e intersetorial áreas da saúde e a assistência social é um importante instrumento no combate a violência sexual infantil. Palavras-chave: Adolescente. Violência Sexual. Educação interprofissional.
ISSN:2316-347X
2316-347X
DOI:10.24302/sma.v9iSupl.1.3387