[62245] PERFIL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TUMORES DE SISTEMA NERVOSO CENTRAL NO NORDESTE BRASILEIRO, 2010-2016

• Published in: Revista brasileira de ciências de saúde (Universidade Federal da Paraíba) Vol. 26; no. 1
• Main Authors: Muniz, Rayssa Naftaly Muniz Pinto, Nóbrega de Lucena, Nyellisson Nando, Borges da Silva, Victor, Dos Santos Camêlo Moreira, Mayara, Batista de Medeiros Serpa, Eliane, Gondim Valença, Ana Maria
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 28-03-2022
• ISSN: 1415-2177; 2317-6032
• DOI: 10.22478/ufpb.2317-6032.2022v26n1.62245

Objetivo: Descrever características demográficas, clínicas e de tratamento de crianças e adolescentes diagnosticados com tumores de Sistema Nervoso Central (SNC) na região nordeste do Brasil, no período de 2010 a 2016. Método: Estudo transversal, retrospectivo, de base secundária, em pacientes oncológicos pediátricos (0 a 19 anos) com tumores do SNC, cadastrados nos Registros Hospitalares de Câncer do Nordeste. Foram analisadas descritivamente variáveis demográficas, clínicas e de tratamento. Resultados: Foram incluídos 1.124 pacientes, com média de idade de 8,2 (±5,2) anos, predominando crianças e adolescentes do sexo masculino (53,3%), de 5 a 9 anos (31,5%) e pardos (71%). Os estados com mais registros foram Bahia (24,8%) e Pernambuco (20,8%). O encéfalo foi o local primário mais acometido (90,8%) e o cérebro o órgão mais afetado (29,1%). Quanto à origem do encaminhamento, prevaleceu o Sistema Único de Saúde (SUS) (85%), a oncologia pediátrica foi a clínica de tratamento mais utilizada (37,4%), tendo a histologia do tumor como base mais importante para o diagnóstico (76,6%) e o tempo decorrido entre diagnóstico e início do tratamento oncológico, para a maioria dos pacientes (66,5%), foi menor ou igual a 60 dias. A quimioterapia foi o primeiro tratamento hospitalar mais frequentemente administrado (35,6%), sendo a estabilidade clínica mais observada após essa etapa (31,5%). Conclusão: Os tumores do SNC foram mais frequentemente diagnosticados no sexo masculino, nos pacientes de 5 a 9 anos, assistidos na oncologia pediátrica, diagnosticados por meio da histologia do tumor primário, tratados pela quimioterapia, com estabilidade clínica, sendo expressivo os casos de atraso na instituição da terapêutica antineoplásica.