Resolução temporal de crianças escolares

OBJETIVO: estudar a resolução temporal de crianças com desenvolvimento normal no teste de detecção de intervalos de silêncio (Random gap detection - RGDT) e no teste de detecção do intervalo no ruído (Gaps-in-noise - GIN). MÉTODOS: a população foi composta por 73 crianças escolares, sendo selecionad...

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Published in:Revista CEFAC Vol. 11; no. suppl 1; pp. 52 - 61
Main Authors: Balen, Sheila Andreoli, Liebel, Graziela, Boeno, Mirian Regina Moresco, Mottecy, Carla Meller
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: ABRAMO Associação Brasileira de Motricidade Orofacial 2009
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Description
Summary:OBJETIVO: estudar a resolução temporal de crianças com desenvolvimento normal no teste de detecção de intervalos de silêncio (Random gap detection - RGDT) e no teste de detecção do intervalo no ruído (Gaps-in-noise - GIN). MÉTODOS: a população foi composta por 73 crianças escolares, sendo selecionadas 19 com desenvolvimento normal, na faixa etária de seis a 14 anos, de ambos os sexos, ausência de histórico otológico e/ou audiológico e de queixas escolares; audição normal; produção articulatória de todos os sons do Português e sem distúrbios do processamento auditivo. Os procedimentos da pesquisa foram os testes RGDT e GIN, realizados a 50 dB NS sendo o primeiro apresentado binaural e o segundo monoauralmente. Para análise dos dados foi aplicado teste t de Student. RESULTADOS: no teste RGDT, a média dos intervalos de silêncio para as freqüências de 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, 4000 Hz foram respectivamente, 10,13 ms; 8,69 ms; 11,94 ms; 10,56 ms, não ocorrendo diferenças estatisticamente significantes em relação à freqüência testada. No teste GIN, a média do limiar foi de 5,7 ms para a orelha direita e 5,4 ms para a orelha esquerda, não havendo diferença estatisticamente significante quanto à orelha avaliada. CONCLUSÃO: há evidências de diferenças dos limiares dos testes, o que aponta a hipótese de que GIN e RGDT não estejam avaliando a mesma habilidade auditiva ou requisitem processos não auditivos nas tarefas solicitadas. Desta forma, são necessárias novas pesquisas para entender melhor a aplicabilidade e os parâmetros de ambos os testes na prática clínica no Brasil.
ISSN:1982-0216
DOI:10.1590/S1516-18462008005000002