Carcinoma epidermoide do pênis: estudo clínico-patológico de 34 casos
FUNDAMENTOS: No Brasil, a incidência do câncer do pênis é de 8,3 casos/100.000 habitantes, contrastando com 0,7 na Europa e nos Estados Unidos. Em 95% dos casos, trata-se do carcinoma epidermoide. Em geral, é diagnosticado tardiamente. OBJETIVOS: Descrever as características clínico-patológicas do c...
Saved in:
Published in: | Anais brasileiros de dermatología Vol. 86; no. 6; pp. 1082 - 1091 |
---|---|
Main Authors: | , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Dermatologia
01-12-2011
|
Subjects: | |
Online Access: | Get full text |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | FUNDAMENTOS: No Brasil, a incidência do câncer do pênis é de 8,3 casos/100.000 habitantes, contrastando com 0,7 na Europa e nos Estados Unidos. Em 95% dos casos, trata-se do carcinoma epidermoide. Em geral, é diagnosticado tardiamente. OBJETIVOS: Descrever as características clínico-patológicas do carcinoma epidermoide do pênis, registradas no Hospital entre 1978 e 2004. MÉTODOS: Estudo observacional transversal. Incluíram-se os casos de carcinoma epidermoide do pênis, confirmados histologicamente. Avaliaram-se, pessoalmente, os pacientes que atenderam à convocação para o estudo, enquanto os demais tiveram seus dados pesquisados nos prontuários médicos. RESULTADOS: Registraram-se 34 pacientes com carcinoma epidermoide do pênis: 8 in situ e 26 invasivos, com idade média de 54,7 12,5 anos, respectivamente. A± 22,4 e 64,7 ±, a glande foi acometida em 91,1% dos casos e o prepúcio, em 41,1%. Os carcinomas epidermoides in situ exibiam pápulas ou eritema e erosão, geralmente menores do que 2 cm. Os invasivos mostravam úlceras e/ou vegetações, geralmente únicas, e maiores do que 2 cm. Dos CE invasivos, 80,8% eram bem diferenciados; metade encontrava-se no estágio I TNM e o restante, do II ao IV; 16 pacientes tiveram o pênis amputado e 3 faleceram. CONCLUSÕES: O câncer do pênis é raro, acomete adultos de todas as faixas etárias e o tratamento pode ser agressivo. O aspecto clínico inespecífico das lesões iniciais, o insuficiente treinamento médico em lesões dermatológicas e a carência de rotinas de investigação diagnóstica, tratamento e acompanhamento destes casos contribuem para o mau prognóstico desta neoplasia. |
---|---|
ISSN: | 1806-4841 |
DOI: | 10.1590/S0365-05962011000600004 |