A GEOGRAFIA AGRÁRIA E SEUS ELEMENTOS DE CRÍTICA SOBRE OS AVANÇOS DO CAPITAL MONOPOLISTA NO CAMPO BRASILEIRO
A produçao em geografia tem se pautado por urna tênue discussão acerca do agronegócio sem refletir seu ideário liberal travestido de modernidade. Marcadas por urna conjuntura favorável à inserção agroexportadora brasileira, as análises pontuam elementos de modernização fragmentados por indicadores d...
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Published in: | Canadian journal of Latin American and Caribbean studies Vol. 34; no. 68; pp. 147 - 175 |
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Main Author: | |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Kingston
Canadian Association of Latin American and Caribbean Studies / Association Canadienne des études Latino-Américaines et Caraïbes
01-07-2009
Taylor & Francis Group LLC Taylor & Francis Ltd |
Subjects: | |
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Summary: | A produçao em geografia tem se pautado por urna tênue discussão acerca do agronegócio sem refletir seu ideário liberal travestido de modernidade. Marcadas por urna conjuntura favorável à inserção agroexportadora brasileira, as análises pontuam elementos de modernização fragmentados por indicadores de desempenho, sem promover uma necessária reflexão do papel que se atribui ao Brasil no cenário do comércio mundial e, ao mesmo tempo, sem referenciar os atrasos e efeitos perversos ao avanço da democratização da terra e da consolidação de condições dignas aos trabalhadores no campo. Neste processo, os setores conservadores defendem que o crescimento econõmico se sustenta no dinamismo empreendedor, capaz de gerar renda e empregos. A ideologia pós-moderna da fragmentação, como um modo de ser, se transforma no núcleo provedor do sentido de realidade e os setores conservadores, atônitos pela imagem de país exportador, tomam-na como referência e transtornam e ou substituem paradigmas, a saber: a produção pela circulação, como centralidade do valor; do trabalho pela exploração extrema, que conduz à morte e à extenuação os trabalhadores e, enfim, da luta de classes pela pseudo-inclusão no consumo, marcada pelos limites da renda e do mercado. Neste sentido, o artigo objetiva pontuar elementos centrais de análise que devem permear as pesquisas em geografía agrária sobre o avanço do capital monopolista, bem como demarcar, do ponto de vista teórico e metodológico, a importância de categorias de análise (trabalho, tecnologia, matriz produtiva, meio ambiente e concentração fundiária), dado que suas concretudes territorials revelam os graus de insustentabilidade do agronegócio como modelo de desenvolvimento social e econômico no campo brasileiro. Généralement, la production scientifique qui s'intéresse à l'agroindustrie brésilienne ne s'attarde pas au fondement néolibéral qui lui dicte ses conduites en ces temps de modernité. Marquées par une conjoncture favorable à l'insertion du Brésil dans l'économie mondiale par le biais de ses exportations agricoles, les analyses nous montrent des éléments de modernisation fragmentés par des indicateurs de performance, sans par ailleurs proposer une réflexion sur le rôle attribué au Brésil à l'échelle mondiale comme pays émergent ni faire référence au retard accumulé du côté de la démocratisation de l'accès à la terre et du bien-être des travailleurs ruraux. Dans ce processus, les secteurs conservateurs soutiennent que la croissance économique s'appuie sur le dynamisme entrepreneurial, apte à générer des revenus et des emplois. Pris au piège de l'illusion, plusieurs auteurs adoptent cette croissance comme référence et modifient certains paradigmes, à savoir : la production devient la circulation de biens produits; le travail, l'occupation; et, la lutte de classes, la pseudo inclusion dans la société de consommation. Cet article vise à relever des éléments d'analyse alternatifs afin d'orienter les recherches sur le monde rural devant l'avancée du capital monopoliste, ainsi qu'à souligner, des points de vue théorique et méthodologique, l'importance de catégories d'analyse (travail, matrice productive, environnement et concentration foncière) dans la compréhension des dynamiques rurales brésiliennes. |
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ISSN: | 0826-3663 2333-1461 |
DOI: | 10.1080/08263663.2009.10816978 |