ALTA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS RECENTE EM PVHA RECÉM DIAGNOSTICADAS VIRGENS DE TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2019 A 2021
Determinamos a prevalência de sífilis e descrevemos os aspectos clínicos e sociodemográficos de uma população de pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA), virgens de tratamento antirretroviral (TARV), iniciando o tratamento de 1ª linha adotado no Brasil. Estudo transversal, descritivo, com PVHA incluíd...
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Published in: | The Brazilian journal of infectious diseases Vol. 27; p. 102969 |
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Main Authors: | , , , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier España, S.L.U
01-10-2023
Elsevier |
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Summary: | Determinamos a prevalência de sífilis e descrevemos os aspectos clínicos e sociodemográficos de uma população de pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA), virgens de tratamento antirretroviral (TARV), iniciando o tratamento de 1ª linha adotado no Brasil.
Estudo transversal, descritivo, com PVHA incluídas de forma consecutiva, assistidos no Hospital Universitário Graffrée e Guinle (HUGG) - Rio de Janeiro (RJ), de 2019 a 2021. O diagnóstico de sífilis foi realizado com base na história médica, exame físico e laboratorial (TR - treponêmico e VDRL - não treponêmico). Todos os pacientes incluídos assinaram TCLE.
Foram incluídos 149 PVHA no período. A prevalência global de sífilis foi de 26,2%, com 29,6% entre os homens e 8,3% entre as mulheres. Dentre os pacientes diagnosticados com sífilis, 89,7% obtiveram diagnóstico no HUGG, de modo que 42,8% já haviam sido diagnosticados com sífilis antes de iniciar TARV e 8,5% foram diagnosticados com sífilis após o diagnóstico de HIV. A concomitância dos diagnósticos de sífilis e HIV foi de 48,5% e, dentre esses, três se re-infectaram. Quatro pacientes foram diagnosticados em outros centros especializados. As formas clínicas ao diagnóstico foram primária (22,2%), secundária (33,3%), latente recente (13,8%), latente tardia (25%) e latente sem certeza de duração (8,3%), considerando dois pacientes diagnosticados com as formas secundária e latente tardia em momentos distintos e um paciente com as formas primária e secundária, também em momentos distintos. Em 7,7% dos pacientes não foi possível classificar a forma clínica. A média de idade dos coinfectados foi de 36,8 anos (24-59), 94,8% do sexo masculino e 87,1% solteiros. Quanto à escolaridade, 56,4% possuíam ensino médio, 35,9%, ensino superior e 2,56% apenas ensino fundamental. A maioria (89,7%) era composta por homens que fazem sexo com homens - HSH. A média do CD4 ao diagnóstico foi 402 cél/mm3, sendo 48,7% com CD4 < 350. Com relação ao tratamento, 79,4% foram tratados com penicilina benzina e 5,1% com doxiciclina. Sem informações para 15,4% sobre o tratamento.
O estudo corrobora a sífilis como um importante evento sentinela para o diagnóstico do HIV e a importância da PrEP neste cenário. A conscientização sobre a coinfecção precisa aumentar e os serviços de saúde devem fornecer uma abordagem integrada para o diagnóstico precoce, tratamento adequado, estratégias de prevenção e acompanhamento dessas infecções. |
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ISSN: | 1413-8670 |
DOI: | 10.1016/j.bjid.2023.102969 |