ANÁLISE DA INAPTIDÃO SOROLÓGICA EM DOADORES DE SANGUE DE DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL

Objetivo: Analisar a causa da inaptidão sorológica em doadores de sangue voluntários de algumas regiões do Brasil. Métodos: Foram avaliados prospectivamente os testes sorológicos de doadores voluntários de sangue, entre o período de março de 2020 a março de 2021, em postos de coleta do Grupo GSH, no...

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Published in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 43; pp. S334 - S335
Main Authors: APC Rodrigues, APC Sessin, RA Bento, JAD Santos, MEA Santos, FJ Benati, SD Vieira, LFF Dalmazzo
Format: Journal Article
Language:English
Published: Elsevier 01-10-2021
Online Access:Get full text
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Description
Summary:Objetivo: Analisar a causa da inaptidão sorológica em doadores de sangue voluntários de algumas regiões do Brasil. Métodos: Foram avaliados prospectivamente os testes sorológicos de doadores voluntários de sangue, entre o período de março de 2020 a março de 2021, em postos de coleta do Grupo GSH, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco (total de 7 postos). Foram comparados os seguintes resultados sorológicos: anti-HBc, sífilis, HBsAg, anti-HIV, anti-HCV, Chagas e anti-HTLV. Resultados: Durante o período de avaliação foram realizadas 150.716 doações, entre as quais 2.834 doadores (1,88%) apresentaram sorologia alterada. A inaptidão sorológica foi mais frequente no estado do Rio de Janeiro (40,61% do global e 2,39% da localidade), seguido pelo estado de São Paulo com (25,26% global, 1,18% da localidade), Recife com 520 (18,34% e 1,91%, respectivamente) e Salvador com 447 casos (15,77% e 1,94%, respectivamente). O estado de São Paulo representou o maior número de doações do grupos com 60.651 (40,24%). A alteração sorológica mais prevalente em todos os estados foi a de sífilis, com 1.822 casos (64,29%), sendo mais frequente no Rio de Janeiro que representou 1,71% dos casos totais em relação às demais localidades como Recife, Salvador e São Paulo (1,13%, 0,83% e 0,64%, respectivamente, p < 0,001). As alterações para anti-HBc ocorreram em 804 casos (28,36%), sendo mais frequentes em Salvador (0,83%) em relação a 0,54% no Rio de Janeiro, 0,58% em Recife e 0,44% em São Paulo (p < 0,001). Para o anti-HIV, houve alteração em 60 casos (2,11%), sendo levemente mais frequente no Rio de Janeiro e em Salvador (0,05% e 0,06%, respectivamente) em relação a São Paulo e Recife (0,03% e 0,02%, respectivamente; p = 0,0003). A alteração para HBsAg ocorreu em 51 casos (1,79%), representando 0,04% no Rio de Janeiro, 0,03% em Recife, 0,05% em Salvador e 0,01% em São Paulo (p = 0,0035). O anti-HTLV com 44 casos (1,55%), sendo 0,01% no Rio de Janeiro, 0,07% em Recife, 0,10% em Salvador e 0,01% em São Paulo. O anti-HCV ocorreu em 32 casos (1,12%), com 0,02% no Rio de Janeiro, 0,02% em Recife, 0,06% em Salvador e 0,03% em São Paulo, com p = 0.0036. Por último, sorologia para Chagas ocorreu em 21 casos (0,74%), com 0,01% no Rio de Janeiro, 0,01% em Recife, 0,02% em Salvador e 0,02% em São Paulo, sem diferença estatística entre as localidades (p = 0.111). Conclusão: Em grande coorte prospectiva e multicêntrica a taxa de inaptidão sorológica global foi de 1,88%, sendo mais frequente no Rio de Janeiro, mesmo representando a segunda colocação no total de doações do grupo. A inaptidão sorológica mais frequente foi para sífilis em todas as localidades, também com maior prevalência no Rio de Janeiro, ao passo que as demais sorologias foram alteradas com maior frequência em Salvador (anti-HBc, HBsAg, anti-HIV, anti-HTLV e anti-HCV). Por fim, a alteração menos frequente foi a Doença de Chagas cuja prevalência foi similar entre as diversas localidades, independentemente da prevalência maior dessa patologia em algumas localidades.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2021.10.567