EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE E SUA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE ENTRE 2019 E 2020

• Published in: The Brazilian journal of infectious diseases Vol. 26; p. 101980
• Main Authors: Farias, Alessandra Nunes, Fernandes, Antônia Victória, Guedes, Kethelin Pinto, Calheiros, Lis de Lima, Martins, Albert Eduardo Silva
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: Elsevier España, S.L.U 01-01-2022; Elsevier
• ISSN: 1413-8670; 1678-4391
• DOI: 10.1016/j.bjid.2021.101980

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, cuja transmissão ocorre por gotículas de aerossóis e tem como agente etiológico o microrganismo Mycobacterium tuberculosis. Assim, observa-se que, apesar da queda da incidência nos últimos anos, ainda é considerada um problema de saúde pública nacional, com maior prevalência no sexo masculino e a faixa etária da população economicamente ativa, provocando efeitos deletérios a longo prazo. Tal doença associa-se a condições sociais e econômicas precárias, com aumento no número de mortes devido às diversas complicações, como a insuficiência respiratória. Logo, o propósito desse resumo foi descrever o perfil epidemiológico e a distribuição espacial da tuberculose na Região Metropolitana de Recife, entre 2019 e 2020, além de incentivar a expansão de medidas de promoção, proteção e controle da doença.
Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), tabulados pelo Tabnet Datasus, referentes aos casos de tuberculose notificados no Estado do Pernambuco, especificamente na Região Metropolitana de Recife, entre 2019 e 2020. Para a investigação, foram designadas variáveis sociodemográficas, como sexo e idade, além de variáveis clínico-epidemiológicas, como cura e óbito pelo agravo notificado.
Entre os anos de 2019 e 2020, foram registrados 11678 casos de tuberculose no Estado de Pernambuco. Destes, 8150 (69,78%) ocorreram na Região Metropolitana do Recife, sobretudo em Recife (18,26%), sendo sexo masculino (81,5%) e a faixa etária mais prevalente entre 20 a 39 anos (48,98%). Esses dados associam a tuberculose a um problema de saúde pública, em que a escassa infraestrutura social e econômica de parte da população, contribui para a dispersão desse bacilo no ambiente. Além disso, houve registro de 576 óbitos pelo agravo notificado, na faixa etária de maior incidência, o que ratifica a transmissão na população em idade economicamente ativa.
Estabelecer os fatores relacionados a tuberculose é de extrema importância para mitigar a doença. Na pesquisa, a região metropolitana, o tempo, a idade e o sexo masculino foram relevantes para o estudo do perfil epidemiológico. Logo, o propósito desse resumo é incentivar o crescimento de medidas de promoção, proteção populacional e controle da doença, a partir do estudo direcionado às áreas prioritárias para a intervenção de ações de combate ao agravo.