A função sexual da pessoa transplantada renal

Enquadramento: A disfunção sexual na pessoa com doença renal crónica é progressiva, verificando-se um agravamento com a deterioração da função renal. O transplante renal pode restaurar a função sexual na maioria destas pessoas, no entanto, muitos problemas sexuais podem persistir. Objetivos: Caracte...

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Published in:Referência (Coimbra) Vol. serIV; no. 21; pp. 47 - 58
Main Authors: Gonçalves, Pedro Ricardo Coelho, Loureiro, Luís Manuel, Fernandes, Maria Isabel Domingues
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Coimbra Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) 01-06-2019
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra - Unidade de Investigação em Ciências da Saúde - Enfermagem
Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E)
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Summary:Enquadramento: A disfunção sexual na pessoa com doença renal crónica é progressiva, verificando-se um agravamento com a deterioração da função renal. O transplante renal pode restaurar a função sexual na maioria destas pessoas, no entanto, muitos problemas sexuais podem persistir. Objetivos: Caracterizar a função sexual da pessoa transplantada renal e analisar a sua relação com as variáveis demográficas e clínicas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-correlacional, realizado a partir de uma amostra de conveniência de 139 pessoas transplantadas renais. Os dados foram colhidos com recurso a um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica, e ao Índice de Avaliação do Funcionamento Sexual e ao Inventário Depressivo de Beck. Resultados: A taxa de prevalência de disfunção sexual na pessoa transplantada renal é elevada (> 90%) sendo o desejo sexual a dimensão mais afetada. A função sexual é influenciada pela idade, estados depressivos e presença de ciclo menstrual. Conclusão: Tendo em conta a prevalência da disfunção sexual é importante que na prática clínica os enfermeiros integrem os resultados da investigação e promovam a saúde sexual. Background: Sexual dysfunction in people with chronic kidney disease is progressive and worsens with the deterioration of kidney functions. Although most people recover their sexual function after kidney transplantation, many sexual problems may persist after transplantation. Objectives: To characterize the sexual function of kidney transplant recipients and analyze their association with demographic and clinical variables. Methodology: A descriptive-correlational study was conducted with a sample of 139 kidney transplant recipients. Data were collected using a questionnaire for sociodemographic and clinical characterization, the International Index of Erectile Function, the Female Sexual Function Index, and the Beck Depression Inventory. Results: The prevalence rate of sexual dysfunction in kidney transplant recipients was high (> 90%), and sexual desire was the most affected domain. Sexual function was influenced by age, depressive states, and the presence of a menstrual cycle. Conclusion: Considering the prevalence of sexual dysfunction, nurses should integrate the research findings and promote sexual health in their daily clinical practice. Marco contextual: La disfunción sexual en la persona con enfermedad renal crónica es progresiva, y se verifica un agravamiento con el deterioro de la función renal. El trasplante renal puede restaurar la función sexual en la mayoría de estas personas, sin embargo, pueden persistir muchos problemas sexuales. Objetivos: Caracterizar la función sexual de la persona con trasplante renal y analizar su relación con las variables demográficas y clínicas. Metodología: Se trata de un estudio descriptivo-correlacional, realizado a partir de una muestra de conveniencia de 139 personas con trasplante renal. Los datos se recogieron mediante un cuestionario de caracterización sociodemográfica y clínica, así como mediante el Índice de Evaluación del Funcionamiento Sexual y el Inventario de Depresión de Beck. Resultados: La tasa de prevalencia de la disfunción sexual en la persona con trasplante renal es elevada (>90%), y el deseo sexual es la dimensión más afectada. La función sexual se ve influenciada por la edad, los estados depresivos y la presencia del ciclo menstrual. Conclusión: Considerando la prevalencia de la disfunción sexual, es importante que en la práctica clínica los enfermeros integren los resultados de la investigación y promuevan la salud sexual.
ISSN:0874-0283
2182-2883
DOI:10.12707/RIV19009