Apomorfina: uma alternativa no controle das flutuações motoras na doença de Parkinson

As flutuações motoras (FM) decorrentes do uso prolongado de levodopa são uma das principais complicações do tratamento da doença de Parkinson (DP). A utilização da apomorfina, um potente agonista de receptores dopaminérgicos, associada ao domperidone para bloquear seus efeitos eméticos, surge como u...

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Published in:Arquivos de neuro-psiquiatria Vol. 53; no. 2; pp. 245 - 251
Main Authors: Ferraz, Henrique B., Azevedo-silva, Sônia M. C., Borges, Vanderci, Rocha, Maria Sheila G., Andrade, Luiz Augusto F.
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO 01-06-1995
Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
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Description
Summary:As flutuações motoras (FM) decorrentes do uso prolongado de levodopa são uma das principais complicações do tratamento da doença de Parkinson (DP). A utilização da apomorfina, um potente agonista de receptores dopaminérgicos, associada ao domperidone para bloquear seus efeitos eméticos, surge como uma alternativa para contornar as FM dos parkinsonianos. Para adquirirmos experiência inicial com essa droga, decidimos estudar a ação e os efeitos adversos da apomorfina em um grupo de quatro pacientes do nosso ambulatório com o diagnóstico de DP e com flutuaçãoes de rendimento da levodopa. A apomorfina foi administrada por via subcutânea, sendo obtido o estado "on" em todos os pacientes com doses entre 1,5 e 3 mg por aplicação. A latência para o início do efeito variou de 7 a 30 minutos e a duração da ação de 60 a 85 minutos. O estado "on" produzido com a apomorfina foi indistinguível do observado com a levodopa, inclusive com a ocorrência de discinesias. Não foram observados efeitos colaterais significativos. Nossa experiência inicial mostra que a apomorfina, em doses relativamente baixas, é uma alternativa eficaz para as FM da DP, com poucos efeitos colaterais.
ISSN:1678-4227
DOI:10.1590/S0004-282X1995000200010