Traumatismos maxilofaciais como marcadores de violência urbana

A violência tem sido um tema amplamente discutido em diversos setores da sociedade, quer pelo reflexo nos indicadores de segurança pública, pela influência no cotidiano dos indivíduos ou pela presença constante de vítimas nos serviços de saúde. O estudo avaliou comparativamente as diferenças de viti...

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Published in:Ciência & saude coletiva Vol. 19; no. 1; pp. 127 - 136
Main Authors: Silva, Carlos José de Paula, Ferreira, Raquel Conceição, Paula, Liliam Pacheco Pinto de, Haddad, João Paulo Amaral, Moura, Ana Clara Mourão, Naves, Marcelo Drummond, Ferreira, Efigênia Ferreira e
Format: Journal Article
Language:English
Published: 01-01-2014
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Summary:A violência tem sido um tema amplamente discutido em diversos setores da sociedade, quer pelo reflexo nos indicadores de segurança pública, pela influência no cotidiano dos indivíduos ou pela presença constante de vítimas nos serviços de saúde. O estudo avaliou comparativamente as diferenças de vitimização entre os gêneros a partir dos traumatismos maxilofaciais como marcadores de violência urbana. Trata-se de um estudo transversal com dados coletados em três hospitais especializados no atendimento a politraumatismos em Belo Horizonte (MG), entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010. As análises envolveram estatística descritiva e multivariada por regressão logística. Identificou-se o registro de 7.063 vítimas, sendo 55,1% de violência interpessoal. A maioria das vítimas era do sexo masculino (71,2%). Nos homens, as agressões por arma de fogo, arma branca e acidentes motocilísticos foram as mais importantes quando comparadas às agressões nuas ou sem uso de armas. As fraturas múltiplas foram o tipo de traumatismo que melhor caracterizou o perfil de vitimização para o sexo masculino comparativamente às lesões de partes moles. O gênero é um importante fator na vitimização por traumatismo maxilofacial e violência urbana, sendo que os homens são as principais vítimas. Urban violence is a widely discussed topic in various sectors of society, either due to its impact on public health indicators and its influence on the everyday life of individuals or the constant presence of casualties in the health services. This study compares differences in victimization between the genders based on maxillofacial injuries as markers of urban violence. This is a cross-sectional study with data collected in three hospitals of reference for multiple traumatic injuries in Belo Horizonte in the state of Minas Gerais, between January 2008 and December 2010. The analysis included descriptive and multivariate statistics using logistic regression. There were records of 7,063 victims, 55.1% of which involved interpersonal violence. The majority of victims were males (71.2%). Among the male victims, firearm and knife-inflicted aggression and motorcycle accidents were more frequent than aggression without the use of a weapon. Multiple fractures were the type of injury that best characterized the profile of victimization among males compared to soft tissue injuries. Gender is an important factor in victimization resulting in maxillofacial injuries and urban violence, in which males are the main victims.
ISSN:1413-8123
1413-8123
DOI:10.1590/1413-81232014191.205