Efeitos do treinamento muscular do assoalho pélvico versus Ginástica Abdominal Hipopressiva (GAH) na incontinência urinária de esforço de mulheres climatéricas: ensaio clínico randomizado

RESUMO O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é recomendado como primeira linha no tratamento do nível 1 de evidência da incontinência urinária de esforço (IUE). Atualmente, a Ginástica Abdominal Hipopressiva (GAH) tem sido utilizada na prática clínica com este propósito. Este estudo...

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Published in:Fisioterapia e pesquisa Vol. 31
Main Authors: Bottini, Dayane Aparecida Moisés Caetano, Silva, Diego Vargas da, Silva Filho, Rui Malta da, Lúcio, Adelia, Saiki, Fabio, Pegorare, Ana Beatriz Gomes de Souza
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: 2024
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Summary:RESUMO O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é recomendado como primeira linha no tratamento do nível 1 de evidência da incontinência urinária de esforço (IUE). Atualmente, a Ginástica Abdominal Hipopressiva (GAH) tem sido utilizada na prática clínica com este propósito. Este estudo tem como objetivo verificar a superioridade de um tratamento experimental em relação ao tratamento padrão-ouro para IUE e função do assoalho pélvico em mulheres na menopausa. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado de não inferioridade com 31 mulheres climatéricas, sexualmente ativas e com IUE. Elas foram alocadas em dois grupos, em que: 16 foram submetidas ao TMAP e 15 à GAH. Ambos receberam 26 sessões, duas vezes por semana, em atendimentos individuais. Todas as voluntárias foram avaliadas em dois momentos, no início e ao término das intervenções. O desfecho primário foi avaliado pelo Questionário (ICIQ-SF) e o secundário pela avaliação bidigital do assoalho pélvico. Para a análise estatística, foram utilizados o teste ANOVA de duas vias, seguido do pós-teste de Tukey, quando necessário. O TMAP foi superior na melhora da IUE (p=0.01). Não houve diferença entre os grupos em relação a força de contração, tempo de sustentação, repetições rápidas e lentas. Em relação à melhora dos sintomas de IUE, concluiu-se que o TMAP é superior a GAH. ABSTRACT Pelvic floor muscle training (PFMT) is recommended as first-line treatment for stress urinary incontinence (SUI) in women (scientific evidence level 1). Currently, hypopressive abdominal gymnastics (HAG) has been used in clinical practice without evidence for this purpose. To verify the superiority of an experimental treatment in relation to a positive control (gold standard) for the treatment of SUI and PFM function in climacteric women. A non-inferiority clinical trial was conducted with 31 climacteric women with SUI who were sexually active. They were allocated into two groups: 16 in the PFMT group and 15 in the HAG group. Both groups received 26 sessions twice per week and individual care. All participants were assessed twice, at the beginning and at the end of interventions. The primary outcome was assessed using the International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) and the secondary were given by PFM function assessed via bidigital palpation. The methods used to analyze the results were the two-way repeated measures analysis of variance (ANOVA), followed by the Tukey post-hoc test, when necessary. PFMT was better in improving SUI in the primary outcome (p=0.01). The groups showed no significant difference in force of contraction, time of sustained PFM, and fast and slow repetitions at the time of analysis. Regarding the symptoms of SUI, PFMT performed better than HAG. RESUMEN El entrenamiento muscular del suelo pélvico (EMSP) se recomienda como tratamiento de primera línea para las pruebas de nivel 1 de incontinencia urinaria de esfuerzo (IUE). Actualmente, se utiliza la gimnasia abdominal hipopresiva (GAH) en la práctica clínica con este fin. Este estudio tuvo por objetivo comprobar la superioridad de un tratamiento experimental en comparación con el tratamiento de referencia para la IUE y la función del suelo pélvico en mujeres menopáusicas. Se realizó un ensayo clínico aleatorizado de no inferioridad con 31 mujeres climatéricas sexualmente activas y con IUE. Las participantes se distribuyeron en dos grupos: 16 se sometieron a EMSP y 15 a GAH. Ambos recibieron 26 sesiones, dos veces por semana, en sesiones individuales. Todas las voluntarias fueron evaluadas en dos momentos, al principio y al final de las intervenciones. El resultado primario se evaluó mediante el cuestionario ICIQ-SF, y el resultado secundario mediante la evaluación bidigital del suelo pélvico. Para el análisis estadístico se utilizó la prueba ANOVA de dos vías, seguida de la prueba posterior de Tukey cuando necesario. El EMSP tuvo un mejor resultado en la mejora de la IUE (p=0,01). No hubo diferencias entre los grupos en cuanto a la fuerza de contracción, el tiempo de mantenimiento y las repeticiones rápidas y lentas. En cuanto a la mejora de los síntomas de IUE, se concluyó que el EMSP es superior a la GAH.
ISSN:1809-2950
2316-9117
DOI:10.1590/1809-2950/e23000824pt