Estudo anatômico dos gânglios celíaco, celiacomesentérico e mesentérico cranial e de suas conexões no gato doméstico (Felix domestica, Linnaeus, 1758)

O gânglio celíaco é um dos principais responsáveis pela inervação do estômago, intestinos, fígado, pâncreas e ainda contribui para a inervação do baço, sendo desta forma essencial ao controle da motilidade gastrointestinal. O conhecimento do suprimento nervoso endereçado a estes órgãos é fundamental...

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Published in:Brazilian journal of veterinary research and animal science Vol. 37; no. 4
Main Authors: RIBEIRO, Antonio Augusto Coppi Maciel(Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Cirurgia), SOUZA, Romeu Rodrigues de(Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Biomédicas Departamento de Anatomia), BARBOSA, José(Universidade Paulista Instituto de Ciências da Saúde), FERNANDES FILHO, Antonio(Universidade Paulista Instituto de Ciências da Saúde)
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo 2000
Universidade de São Paulo
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Summary:O gânglio celíaco é um dos principais responsáveis pela inervação do estômago, intestinos, fígado, pâncreas e ainda contribui para a inervação do baço, sendo desta forma essencial ao controle da motilidade gastrointestinal. O conhecimento do suprimento nervoso endereçado a estes órgãos é fundamental na clínica médica e cirúrgica no tocante às atonias digestivas, gastroenterites hemorrágicas, torções gástricas e invaginações intestinais. Neste trabalho, estudou-se a anatomia macro e microscópica dos gânglios celíaco, celiacomesentérico e mesentérico cranial. Foram utilizados trinta gatos domésticos, adultos, 10 machos e 20 fêmeas. A aorta torácica desses gatos foi injetada com solução de Neoprene látex 650 corada, sendo os animais congelados por no mínimo 48 horas. A fixação foi feita posteriormente com solução aquosa de formol a 10%. Nos estudos microscópicos, utilizaram-se as seguintes colorações: hematoxilina-eosina, tricrômico de Masson, reticulina e hematoxilina ácida fosfotúngstica. O gânglio celíaco ocorreu 7 vezes, sendo 4 direitos e 3 esquerdos, predominando a forma elíptica (23,3%) e a situação periarterial. Os gânglios celiacomesentéricos foram contados em número de 24, sendo 11 independentes; 2 apresentando as porções direita e esquerda e 11 gânglios celiacomesentéricos direitos com uma porção mesentérica cranial esquerda, tendo formato semilunar assimétrico. Esses achados sugerem o predomínio da fusão do gânglio celíaco ao mesentérico cranial, constituindo assim o gânglio celiacomesentérico. Este é formado por neurônios imersos em abundante matriz conjuntiva fibrosa, envoltos por uma cápsula contendo fibras elásticas, colágenas e reticulares, apresentando uma continuidade nos pontos de fusão ganglionar. The celiac ganglion plays a major role in the innervation of the stomach, intestines, liver and pancreas and also contributes to the innervation of the spleen and is therefore essential for the control of gastrointestinal motility. Clinicians and surgeons should be familiar with the nervous supply to these organs, specially in regard to digestive atonies, hemorrhagic gastroenteritis, gastric torsion and intestinal invaginations. We studied the gross and microscopic anatomy of the celiac, celiacmesenteric and cranial mesenteric ganglia. We carried out 30 adults domestic cats, 10 males and 20 females. Red neoprene latex was injected into the thoracic aorta. Following this procedure, the animals were frozen for at least 48 hours. After unfreezing, fixation was concluded in 10% aqueous formaldehyde solution. Light microscopic studies were conducted using hematoxylin-eosin, Massons stain, the reticulin method and acid hematoxylin fosfotungstic. Located in periarterial position we observed 7 celiac ganglions, 4 to the right and 3 to the left. Most of them (23.3%) were elliptic. We also observed 24 celiac mesenteric ganglions. In two cases, the celiac mesenteric ganglion was composed of two portions: a right and a left portion, which join caudally to the cranial mesenteric artery. In 11 samples we noticed a right celiac mesenteric ganglion with a left cranial mesenteric portion surrounded the left face of the cranial mesenteric artery, thus contributing to its asymmetric semilunar form. These findings suggest that the fusion of the celiac and the mesenteric ganglions prevails. The result of this fusion is the celiac mesenteric ganglion that was formed of the neurons immersed in an abundant connective tissue matrix and are involved by a capsule which contains elastic, collagens and reticular fibers and continues at the ganglions fusion sites.
Bibliography:10.1590/S1413-95962000000400001
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-95962000000400001
ISSN:1413-9596
1678-4456
1678-4456
DOI:10.1590/S1413-95962000000400001