Hidroxicloroquina para Pacientes com COVID-19 não Hospitalizados: Uma Revisão Sistemática e Metanálise de Ensaios Clínicos Randomizados

Resumo Fundamento: Revisões sistemáticas anteriores não identificaram benefício do uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina em pacientes com COVID-19 não hospitalizados. Após a publicação dessas revisões, os resultados do COPE, o maior ensaio clínico randomizado até hoje, tornaram-se disponíveis. O...

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Published in:Arquivos brasileiros de cardiologia Vol. 120; no. 4
Main Authors: Lucchetta, Rosa, Matuoka, Jessica Y., Oliveira, Haliton Alves de, Oliveira, Gustavo, Cavalcanti, Alexandre Biasi, Azevedo, Luciano, Berwanger, Otavio, Lopes, Renato Delascio, Rosa, Regis Goulart, Veiga, Viviane Cordeiro, Avezum, Álvaro
Format: Journal Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 27-03-2023
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
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Summary:Resumo Fundamento: Revisões sistemáticas anteriores não identificaram benefício do uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina em pacientes com COVID-19 não hospitalizados. Após a publicação dessas revisões, os resultados do COPE, o maior ensaio clínico randomizado até hoje, tornaram-se disponíveis. Objetivos: Conduzir uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados (ECRs) para sintetizar as evidências sobre a eficácia e a segurança da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes com COVID-19 não hospitalizados em comparação a controle ou tratamento padrão. Métodos: As buscas foram conduzidas nos bancos de dados PubMed, Embase, The Cochrane Library e ClinicalTrials.gov, e complementadas por busca manual. Foram realizadas metanálises diretas e avaliações de risco de viés e certeza da evidência, incluindo análise do tamanho ótimo da informação (OIS, optimal information size). Um nível de significância de 0,05 foi adotado na metanálise. PROSPERO: CRD42021265427. Resultados: Oito ECRs com 3219 participantes foram incluídos. As taxas de internação por COVID-19 e de eventos adversos não foram significativamente diferentes entre hidroxicloroquina (5,6% e 5,1%) e controle (7,4% e 20,4%) [risco relativo (RR) 0,77, intervalo de confiança 95% (IC95%), 0,57-1,04, I2: 0%; RR 1,78, IC95% 0,90; 3,52, I2: 93%, respectivamente)]. O OIS (7880) não foi alcançado para hospitalização por COVID-19, independentemente da simulação para a taxa de evento e redução do RR estimados. Conclusão: A evidência de muito baixa qualidade indicou falta de benefício com hidroxicloroquina em prevenir internações por COVID-19. Apesar de ser a revisão sistemática com o maior número de participantes incluídos, o OIS, considerando a resposta à infecção anterior à vacinação, não foi atingido.
Bibliography:Potencial conflito de interesse
Não há conflito com o presente artigo.
ISSN:0066-782X
1678-4170
1678-4170
DOI:10.36660/abc.20220380