Telefonemas mensais e calendários como registro para a taxa de quedas de idosos da comunidade inseridos em um ensaio clínico randomizado

RESUMO Os objetivos deste estudo de caráter longitudinal prospectivo foram analisar telefonemas mensais e calendários como registro da taxa de quedas de idosos da comunidade ao longo de 22 semanas e verificar os fatores relacionados à adesão ao calendário de quedas. Os participantes passaram por ava...

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Published in:Fisioterapia e pesquisa Vol. 29; no. 2; pp. 145 - 153
Main Authors: Oliveira, Jéssica Cerutti de, Gonçalves, Glaucia Helena, Campos, Dayane Melo, Ferreira, Daniela Lemes, Silva, Nathany Clara da, Ansai, Juliana Hotta
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 01-08-2022
Subjects:
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Summary:RESUMO Os objetivos deste estudo de caráter longitudinal prospectivo foram analisar telefonemas mensais e calendários como registro da taxa de quedas de idosos da comunidade ao longo de 22 semanas e verificar os fatores relacionados à adesão ao calendário de quedas. Os participantes passaram por avaliações de anamnese, nível de atividade física, medidas neuropsicológicas e mobilidade. Receberam também um calendário de quedas que deveria ser preenchido, ao longo das 22 semanas, no(s) dia(s) em que o evento ocorresse. Ademais, os idosos foram contatados mensalmente por telefone para o questionamento da ocorrência de quedas naquele período. Para análise dos dados, foi adotado nível de significância de α=0,05, e para execução dos testes estatísticos foi utilizado o software SPSS 20.0. Os dois instrumentos foram comparados quanto à “sensibilidade” e à “especificidade”. Foram incluídos 52 idosos no estudo, com média de idade de 70,5 anos. A adesão ao método do calendário foi de 63,4% em comparação à estratégia dos telefonemas. Dos nove participantes que relataram quedas pelos telefonemas, três as notificaram no calendário, resultando em uma sensibilidade de 33%. Dos 43 idosos que não relataram quedas por telefonemas, 31 entregaram o calendário sem registro, o que resultou em uma especificidade do calendário de 72%. Anos de escolaridade, pontuação no Miniexame de Estado Mental e desempenho no exame cognitivo de Addenbrooke (versão revisada) influenciaram significativamente na adesão ao calendário de quedas. Concluiu-se que houve maior notificação de quedas pelo método do telefonema mensal em comparação ao do calendário em idosos da comunidade. ABSTRACT This longitudinal study aimed to analyze monthly phone calls and calendars as a mean to record falls rate in community-dwelling older adults over 22 weeks, and to verify factors related to adherence to the falls calendar. Participants underwent an assessment composed by anamnesis, level of physical activity, neuropsychological measures, and mobility. They also received a schedule of falls that should be completed over 22 weeks, on the day(s) a fall occurred. Moreover, the volunteers received monthly phone calls to inquire about occurrence of falls over time. For data analysis, a α=0.05 significance level was adopted and the SPSS software (20.0) was used to perform statistical tests. The two tools were compared regarding “sensitivity” and “specificity.” In total, 52 older adults composed the final sample, with a mean age of 70.5 years old. The adherence to the calendar was 63.4% compared to phone calls. Of nine participants who reported falls by phone calls, three notified them in the calendar, resulting in a 33% sensitivity. Out of the 43 people who did not report falls by phone calls, 31 delivered the calendar without registration. Thus, the specificity of the calendar was 72%. Schooling level, Mini Mental State Exam score and the Addenbrooke’s Cognitive Examination (revised version) score significantly influenced adherence to the calendar. In conclusion, there was a greater registration of falls by the monthly phone call compared to the calendar tool in community-dwelling older adults. RESUMEN Los objetivos de este estudio longitudinal prospectivo fueron evaluar llamadas telefónicas mensuales y calendarios como registro de la tasa de caída de ancianos en la comunidad durante 22 semanas, así como identificar los factores relacionados con la adherencia al calendario de caídas. Los participantes se sometieron a evaluaciones de anamnesis, nivel de actividad física, medidas neuropsicológicas y movilidad. También recibieron un calendario de caídas que debían llenar, durante las 22 semanas, en el/los día/s de ocurrencia del evento. Además, los ancianos recibían llamadas telefónicas mensuales para informar la ocurrencia de caídas en ese periodo. Para el análisis de datos, se adoptó un nivel de significancia de α=0,05, y se utilizó el software SPSS 20.0 para realizar las pruebas estadísticas. Los dos instrumentos se compararon con relación a la “sensibilidad” y “especificidad”. Participaron 52 ancianos en el estudio, con una edad media de 70,5 años. La adherencia al método del calendario fue del 63,4% en comparación con la estrategia de llamada telefónica. De los nueve participantes que informaron por llamadas telefónicas la ocurrencia de caídas, tres las relataron en el calendario, lo que da como resultado una sensibilidad del 33%. De los 43 ancianos que no informaron caídas, 31 entregaron el calendario sin registro, lo que resultó en una especificidad de calendario del 72%. El nivel educativo, las puntuaciones del Miniexamen del Estado Mental y el desempeño en el Examen Cognitivo de Addenbrooke (versión revisada) influyeron significativamente en la adherencia al calendario de caídas. Se concluyó que hubo mayor notificación de caídas con el método de llamada telefónica mensual en comparación con el método de calendario entre los ancianos de la comunidad.
ISSN:1809-2950
2316-9117
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DOI:10.1590/1809-2950/20032229022022pt