O fundamentalismo como proselitismo de legitimação: o que há de comunicação na incomunicabilidade religiosa

Trata este trabalho de um estudo do fundamentalismo, sob a perspectiva da tensão entre comunicabilidade e incomunicabilidade, entrevista nas dinâmicas religiosas em geral. Após um breve escorço histórico a respeito do tema, concentra-se na vertente religiosa para, em seguida, abordar o fundamentalis...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Horizonte (Belo Horizonte, Brazil) Vol. 18; no. 56; pp. 485 - 512
Main Author: Signates, Luiz
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Belo Horizonte Pontificia Universidade Catolica de Minas Gera, Programa de Posgraduacao em Ciencias da Religiao 31-08-2020
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Trata este trabalho de um estudo do fundamentalismo, sob a perspectiva da tensão entre comunicabilidade e incomunicabilidade, entrevista nas dinâmicas religiosas em geral. Após um breve escorço histórico a respeito do tema, concentra-se na vertente religiosa para, em seguida, abordar o fundamentalismo no âmbito de sua contradição específica: a da incomunicabilidade do dogmatismo, radicado no literalismo, na incapacidade para o diálogo e nas ações políticas extremistas, até o terrorismo, em tensão permanente com a necessidade comunicacional de visibilidade e reconhecimento. Há, pois, uma natureza comunicacional específica, na incomunicabilidade dos processos de dogmatização e fechamento dialógico inscritos nos fenômenos fundamentalistas, a que se denomina uma propensão comunicativa da promoção da incomunicabilidade. Por fim, postula-se o fundamentalismo religioso como um proselitismo de legitimação, que tensiona os polos entre o dogma e o vínculo, ao adotar, contraditoriamente, a radicalização de ambos, e testar, nesse sentido, os limites da tolerância, como postulado da modernidade.
ISSN:2175-5841
1679-9615
2175-5841
DOI:10.5752/P.2175-5841.2020v18n56p485