Tendência dos óbitos por causas mal definidas na região Nordeste do Brasil, 1979–2009

Neste estudo, buscou-se analisar a evolução dos óbitos por sintomas, sinais e afecções mal definidas (SSAMD) na região Nordeste do Brasil no período de 1979 a 2009. Trabalhou-se com dados secundários oriundos do SIM/Datasus/M.S. A proporção de óbitos por SSAMD no total de óbitos registrados nessa re...

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Published in:Revista da Associação Médica Brasileira (1992) Vol. 57; no. 3; pp. 338 - 346
Main Authors: Martins Junior, Davi Félix, Costa, Tania Maria, Lordelo, Maurício Santana, Martins Felzemburg, Ridalva Dias
Format: Magazine Article
Language:Portuguese
Published: Elsevier Editora Ltda 01-05-2011
Subjects:
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Description
Summary:Neste estudo, buscou-se analisar a evolução dos óbitos por sintomas, sinais e afecções mal definidas (SSAMD) na região Nordeste do Brasil no período de 1979 a 2009. Trabalhou-se com dados secundários oriundos do SIM/Datasus/M.S. A proporção de óbitos por SSAMD no total de óbitos registrados nessa região evidenciou uma tendência decrescente (y = −1,3751x + 55,953 R2=0,9035), reduzindo de 45,7% em 1979 para 8,1% em 2009, tanto nos homens (y = -1,3716x + 54,559 R2=0,9197) como nas mulheres (y = −1,3828x + 57,932 R2=0,8771). A proporção de óbitos por causas mal definidas segundo faixa etária evidencia uma tendência decrescente no período em todas as faixas. O grupo de infantis (<1 e de 1–4 anos) e idosos (pessoas de 60 anos e mais) foram os que registraram as mais altas proporções no período e também as mais altas taxas de redução temporal. Foi também decrescente a tendência da mortalidade proporcional nas capitais (y = −0,1118x + 9,4275 R2=0,3087) e no interior (y = −1,7908x + 71,178 R2=0,9151), apresentando curvas com padrões distintos. Nas capitais, as taxas foram mais baixas desde o início da série, independente da faixa etária; entretanto, é no interior que as taxas de redução foram mais altas, expressando-se com mais intensidade (7,1 vezes) nos adultos, indivíduos de 20 a 59 anos de idade. Constatou-se tendência decrescente, fazendo-se ainda necessário reforçar as medidas que aumentem a capacidade de atendimento e cobertura dos serviços de saúde e de registro de dados para dar continuidade na redução observada. This study aimed to analyze the trends of mortality from symptoms, signs and ill-defined causes (SSIDC) in the Northeast region of Brazil, during the period of 1979–2009. The study used secondary data provided by the Mortality Information System SIM/Datasus/Ministry of Health. There was a reduction in the proportion of this type of death (y = −1.3751x + 55.953 R2=0.9035), from 45.7% in 1979 to 8.1% in 2009, as well as according to sex: males (y = −1.3716x + 54.559 R2=0.9197) and females (y = −1.3828x + 57.932 R2=0.8771). The proportion of deaths due to ill-defined causes showed a decreasing tendency in all age groups. The highest reduction was observed in the upper and lower age ranges, < 1 and 1 to 4 year and elderly group, namely 60 years old and older. Capitals and countryside also showed a decreasing tendency in proportional mortality due to IDC, (y = −0.1118x + 9.4275 R2=0.3087) and (y = -1.7908x + 71.178 R2=0.9151) respectively, but with different temporal patterns. The capital cities had the lower rates since the beginning of the series regardless of the age groups, but the great reduction in rates was observed in the countryside, being 7.1 times higher among adults (20 to 59 years old). Decreased trends were observed, but it is necessary to reinforce the actions to improve the capacity of health service assistance and coverage and data registration in order to maintain this trend.
ISSN:0104-4230
DOI:10.1590/S0104-42302011000300019