Aspectos da ecologia dos flebótomos do Parque Nacional da Serra dos Orgãos, Rio de Janeiro: IV. Frequência mensal em armadilhas luminosas (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae)

Durante dois anos completos - outubro de 1981 a setembro de 1983 - capturamos flebótomos em armadilhas luminosas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. As armadilhas eram colocadas, semanalmente, em pontos estratégicos na floresta, sempre no mesmo local e hora, ficando expostas por 12 horas. Foram...

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Published in:Memórias do Instituto Oswaldo Cruz Vol. 80; no. 4; pp. 465 - 482
Main Authors: Aguiar, Gustavo Marins de, Vilela, Maurício Luiz, Schuback, Pedro D'Almeida, Soucasaux, Thaís, Azevedo, Alfredo Carlos R. de
Format: Journal Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) 01-12-1985
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Description
Summary:Durante dois anos completos - outubro de 1981 a setembro de 1983 - capturamos flebótomos em armadilhas luminosas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. As armadilhas eram colocadas, semanalmente, em pontos estratégicos na floresta, sempre no mesmo local e hora, ficando expostas por 12 horas. Foram gastas 732 horas e obtidos 2.730 flebótomos pertencentes a 17 espécies, quatro do gênero Brumptomyia França & Parrot, 1921 e 13 do gênero Lutzomyia França, 1924. a proporção de machos em relação ao número total foi de 76,3%. As espécies L. barrettoi, L. ayrozai e L. hirsuta corresponderam a 95% do total, sendo que a primeria somou quase o dobro de exemplares das outras duas juntas. L. ayrozai foi a mais numerosa na época quente e úmida e L. hirsuta na masi fria e seca, do mesmo modo que L. barrettoi, sendo que esta só ocorreu nesta época do ano. O número de espécies e espécimens foi bem maior na área B, onde as armadilhas foram colocadas perto do solo, próximas a tocas de animais silvestres, do que na área A, onde foram instaladas afastadas do solo, em local de vegetação mais fechada e perto de árvores com raízes tabulares. Após o repouso pós-alimentar, na procura de locais adequados para a postura, acreditamos que as fêmeas tenham maior atração pela fonte luminosa, pois verificamos um número considerável de fêmeas grávidas. Também em armadilhas luminosas constatamos que a lua nova foi mais favorável à coleta de flebótomos e a lua cheia a de menor rendimento. During two full years - from October 1981 to September 1983 - we captured sandflies using light traps in the National Park of Serra dos Órgãos, state of Rio de Janeiro, Brazil. The traps were strategically located in the forest once every week, in the same place, from 6 p.m to 6 a.m. on the next day. In 732 hours, 2,730 sandflies of 17 species were collected, four of the species belonged to the genus Brumptomyia França & Parrot, 1921 and 13 to the genus Lutzomyia França, 1924. Males accounted for 76.3% of all specimens. L. barrettoi, L. ayrozai and L. hirsuta corresponded to 95% of the total and the first was almost twice as numerous as the other two taken jointly. L. ayrozai was more abundant in the warm wet season, L. hirsuta in the cold dry sease, which was the only part of the year when L. barrettoi could be found. The number of species and specimens was greater in an area (B) where the traps were placed near the ground, close to wild animal burrows, than in another area (A) in which the traps were located far from the ground with thick vegetation and trees with tubular roots. We believe that after feeding the females are attracted to the source of light, because a considerable number of pregnent specimens were found in the traps. As we had previously observed in captures using human baits, the sandflies were more numerous in the light traps during the new moon that at full moon.
ISSN:0074-0276
0074-0276
1678-8060
DOI:10.1590/S0074-02761985000400014