Enlaces entre o Feminino e a Psicanálise na Obra de Louise Bourgeois

Este trabalho surge da associação criada entre a obra da artista Louise Bourgeois e a teoria psicanalítica, com o intuito de produzir um espaço passível de historicização dos lugares ocupados pela mulher na sociedade e suas relações com o feminino. Louise Bourgeois foi precursora da arte feminista d...

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Published in:Revista Subjetividades Vol. 22; no. 1; p. e10277
Main Authors: Cougo, Vitória Rosa, Biazus, Camilla Baldicera, Bragança, Ana Carolina Bicca, Perrone, Cláudia Maria
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Universidade de Fortaleza 29-04-2022
Subjects:
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Description
Summary:Este trabalho surge da associação criada entre a obra da artista Louise Bourgeois e a teoria psicanalítica, com o intuito de produzir um espaço passível de historicização dos lugares ocupados pela mulher na sociedade e suas relações com o feminino. Louise Bourgeois foi precursora da arte feminista dos anos 70, em Nova York, e por ser uma das primeiras artistas a levantar o tema do feminino e da maternidade a partir da sua arte. Através de uma perspectiva metodológica ensaística, elencou-se para este estudo três obras da artista: Femme Maison, Arc of Hysteria e Maman, a partir das quais, tornou-se possível pensar acerca das mudanças sociais que imprimiram transformações na posição do feminino em relação à lógica fálica. A análise das três obras possibilitou acompanhar os deslocamentos do feminino – da mulher casa até a mulher aranha - em justaposição às transformações discursivas ocorridas desde o enfraquecimento do saber religioso até a ascensão do discurso científico, que foram atravessados pela irrupção da teoria psicanalítica. Se antes, a mulher estava restrita a esfera do lar, agora ela passa a ocupar e a ter que dar conta de vários lugares e funções e, por isso, acaba sendo capturada pela ilusão de autossuficiência, sustentada pela ciência e representada neste estudo a partir da obra Maman, a qual confere à mulher a forma de um aracnídeo. A contribuição desse trabalho compreende a possibilidade de pensar criticamente, a partir da teoria psicanalítica e da arte, sobre a ilusão de autossuficiência provocada pelos discursos científicos como a manifestação contemporânea do conflito feminino de lidar com a falta.
ISSN:2359-0777
2359-0777
DOI:10.5020/23590777.rs.v22i1.e10277