UTILIZAÇÃO DO FILTRO HODRICK-PRESCOTT NAS ANÁLISES DE DADOS CLIMÁTICOS
Este estudo teve como objetivo introduzir e demonstrar a utilização do filtro Hodrick-Prescott na análise e decomposição de séries temporais meteorológicas de longo prazo. Fez-se um comparativo entre a técnica estatística do filtro Hodrick - Prescott e a das Médias Móveis, com um parâmetro de filtro...
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Published in: | Revista Brasileira de Climatologia (Impresso) Vol. 11 |
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Main Authors: | , |
Format: | Journal Article |
Language: | English Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Climatologa
31-12-2012
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Summary: | Este estudo teve como objetivo introduzir e demonstrar a utilização do filtro Hodrick-Prescott na análise e decomposição de séries temporais meteorológicas de longo prazo. Fez-se um comparativo entre a técnica estatística do filtro Hodrick - Prescott e a das Médias Móveis, com um parâmetro de filtro de 13 meses, a fim de avaliar o desempenho de ambas na decomposição de altas e baixas frequências, ou seja, variabilidade climática de curto e longo períodos, respectivamente. Como exemplo prático, aplicaram-se as duas técnicas na série do índice da Oscilação Decadal do Pacifico (ODP) para separar a variabilidade decadal (tendência) da interanual (parte cíclica/aleatória). Utilizou-se a análise das ondeletas de Morlet nas séries da tendência e parte cíclica/aleatória, geradas com as duas técnicas, para identificar os padrões oscilatórios existentes e suas respectivas periodicidades aparentes. As técnicas conseguiram representar bem as oscilações decadal e interanual. Contudo, o filtro Hodrick-Prescott demonstrou ser uma técnica mais adequada, pois removeu efetivamente as frequências altas da série original, produzindo uma curva de tendência suave, e as incorporou na curva cíclica/aleatória. Esse fato foi confirmado nas análises da ondeletas das duas decomposições, tendência e parte cíclica/aleatória. O filtro Hodrick – Prescott apresenta, ainda, uma grande vantagem sobre a técnica das médias móveis, já que não há perda de dados no início e no final da série. Quanto à interpretação física dos resultados, foram confirmados o ciclo longo de 50-60 anos da ODP e os ciclos curtos de 3 a 7 anos, relativos aos eventos ENOS já encontrado na literatura. |
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ISSN: | 1980-055X 2237-8642 |
DOI: | 10.5380/abclima.v11i0.29224 |