Fatores associados ao tempo de espera e ao acesso ao transplante renal em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
O objetivo deste artigo foi analisar os fatores associados ao acesso ao transplante renal com doador vivo e cadáver em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foi realizado um estudo de coorte não concorrente com pacientes inscritos na lista de espera por transplante renal, entre 2000 e 2004, os quais...
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Published in: | Cadernos de saúde pública Vol. 28; no. 12; pp. 2315 - 2326 |
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Main Authors: | , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
01-12-2012
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Summary: | O objetivo deste artigo foi analisar os fatores associados ao acesso ao transplante renal com doador vivo e cadáver em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foi realizado um estudo de coorte não concorrente com pacientes inscritos na lista de espera por transplante renal, entre 2000 e 2004, os quais foram acompanhados até o transplante, óbito, exclusão ou permanência na fila de espera ao fim do estudo em 31 de dezembro de 2005. Utilizou-se o modelo de Cox para riscos competitivos. Dos 835 pacientes, 22,7% foram transplantados. Apresentaram menor risco de transplante por doador cadáver e vivo os pacientes com maior tempo em diálise e tipo sanguíneo O. Observou-se menor risco de transplante intervivos para residentes em uma área de alto risco à saúde e portadores de diabetes. A maior disparidade de acesso foi para transplante renal intervivos, uma vez que não houve diferenças sociodemográficas significativas para transplante por doador cadáver. Pode-se inferir que o sistema de alocação de órgãos contribuiu para amenizar desigualdades sociodemográficas, sendo as questões clínicas mais relevantes no acesso ao transplante com doador cadáver.
The objective of this study was to analyze factors associated with access to kidney transplants from living and cadaver donors in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. The authors conducted a non-concurrent cohort study of patients on the waiting list for kidney transplants from 2000 to 2004 and followed until transplantation, death, exclusion, or continued presence on the line at the end of the study on December 31, 2005. The Cox model was used for competing risks. Of the 835 patients, 22.7% were transplanted. Lower risk of transplantation from living donors and cadavers was observed in patients with more time on dialysis and blood type O. Lower risk of transplantation from living donors was observed in residents in a high health risk area and in recipients with diabetes. The greatest disparity in access was observed in transplants from living donors, since there were no significant socio-demographic differences in transplants from cadaver donors. One can infer that the organ allocation system contributed to mitigating socio-demographic inequalities, and that clinical issues were more relevant in access to transplants from cadaver donors. |
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ISSN: | 0102-311X 0102-311X |
DOI: | 10.1590/S0102-311X2012001400010 |