A formação da consciência social dos jovens no horizonte da Educação Histórica

DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1984644418703Uma consciência social dos jovens orientada para o desenvolvimento humano exige atenção especial à construção da sua consciência histórica, fundamentada em reflexões epistemológicas instigantes (de Rüsen e outros autores). Esta preocupação tem conduzido a ...

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Published in:Educação (Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil) Vol. 40; no. 3; pp. 591 - 604
Main Author: Maria Isabel Gomes Barca Oliveira
Format: Journal Article
Language:English
Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Maria 01-11-2015
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Summary:DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1984644418703Uma consciência social dos jovens orientada para o desenvolvimento humano exige atenção especial à construção da sua consciência histórica, fundamentada em reflexões epistemológicas instigantes (de Rüsen e outros autores). Esta preocupação tem conduzido a  diversas pesquisas na área da educação histórica, entre os quais o Projeto “Consciência Histórica-Teoria e Práticas” que, em estudos de natureza qualitativa, tem explorado as narrativas de jovens lusófonos acerca do mundo contemporâneo. Neste Projeto, concebeu-se uma proposta de construção de uma narrativa escrita, pelos jovens, acerca da história nacional e da história mundial nos últimos cem anos. Numa primeira fase, participaram estagiários de História de três universidades portuguesas, e em fases subsequentes, jovens em final de escolaridade obrigatória em Portugal, Brasil e Moçambique. A análise indutiva das narrativas sugeriu que os jovens destes países revelam uma identidade nacional relativamente fundamentada, sem xenofobias.. Quanto às narrativas globais, as dos jovens portugueses e moçambicanos aparecem muito menos substanciadas do que as nacionais, enquanto as dos jovens brasileiros narram a um mesmo nível a História do país e do mundo, interligando-as. As produções portuguesas e brasileiras mostram poucos protagonistas, emergindo apenas alguns “vilões”. Por outro lado, os jovens brasileiros e moçambicanos mostram-se interventivos face ao presente; já os jovens portugueses, que apareciam como meros espectadores da História, só recentemente parecem estar a mudar de atitude. Estes e outros resultados da análise das narrativas dos jovens podem constituir-se como pistas valiosas para o trabalho docente, na perspectiva de intervenção positiva na formação da consciência histórica e social dos jovens.
ISSN:0101-9031
1984-6444
DOI:10.5902/1984644418216