CONTAGEM DE EOSINÓFILOS PERIFÉRICOS NA REJEIÇÃO AGUDA DO ENXERTO HEPÁTICO

Introdução: A rejeição aguda pós-transplante de fígado é uma das complicações mais comuns de disfunção do enxerto hepático. O padrão-ouro para identificação dessa condição é a biópsia, que, contudo, é um procedimento invasivo. Dessa maneira, a literatura vem estudando marcadores não invasivos para p...

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Published in:Brazilian Journal of Transplantation Vol. 23; no. 1; pp. 12 - 17
Main Authors: Fonseca Neto, Olival Cirilo Lucena da, Costa, Ludmila Rodrigues Oliveira, Correia, Rebeca Mangabeira, Melo, Caio Rodrigo de Oliveira, Darce, George Felipe Bezerra, Siqueira, Paulo Ricardo Bispo, Rabelo, Priscylla Jennie Monteiro, Melo, Paulo Sérgio Viera de, Amorim, Américo Gusmão, Lacerda, Claudio Moura
Format: Journal Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos 01-01-2020
Subjects:
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Summary:Introdução: A rejeição aguda pós-transplante de fígado é uma das complicações mais comuns de disfunção do enxerto hepático. O padrão-ouro para identificação dessa condição é a biópsia, que, contudo, é um procedimento invasivo. Dessa maneira, a literatura vem estudando marcadores não invasivos para prever a rejeição aguda; dentre esses, destaca-se a eosinofilia periférica. Objetivo: Avaliar a contagem de eosinófilos periféricos durante os episódios de rejeição ao enxerto hepático, correlacionando com os níveis de transaminases hepáticas. Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, com pareamento entre as variáveis estudadas: taxas de sensibilidade, especificidade, valor preditivo e acurácia. Resultados: Rejeição ao transplante foi detectada em 29,33% do total de pacientes. Dentre os rejeitados, o valor de aspartato aminotransferase teve aumento em 65,90% dos casos, sensibilidade diagnóstica de 59,18%, especificidade de 81,13%, valor preditivo positivo de 65,91%, valor preditivo negativo de 85,15% e acurácia de 76,67%. A alanina aminotransferase aumentou em 34,09%, com sensibilidade diagnóstica de 60,00%, especificidade de 90,57%, valor preditivo positivo de 34,09%, valor preditivo negativo de 76,80% e acurácia de 74,00%. A contagem relativa de eosinófilos teve aumento em 29,54% dos casos, sensibilidade de 22,03%, especificidade 56,60%, valor preditivo positivo de 29,55%, valor preditivo negativo de 65,93% e acurácia de 48,67%. Conclusão: É certo que o presente trabalho e a literatura não mostram resultados estaticamente favoráveis e convergentes à utilização da eosinofilia periférica juntamente com as transaminases para prever rejeição aguda hepática. Ainda assim, a baixa sensibilidade apontada nas estatísticas não descarta a utilização da eosinofilia periférica como auxílio diagnóstico.
ISSN:2764-1589
2764-1589
DOI:10.53855/bjt.v23i1.23