Mudanças graduais e abruptas: reflexões sobre sinais soletrados e compostos da Libras em uma abordagem construcional baseada no uso
A construcionalização de sinais soletrados e compostos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é discutida no presente artigo. Para tanto, sob a ótica da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), adotamos o arcabouço da Gramática de Construções Baseada no Uso (GOLDBERG, 2006; HILPERT, 2014; PERE...
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Published in: | Lingüística Vol. 16; no. 3; pp. 146 - 169 |
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Main Authors: | , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
30-12-2020
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Summary: | A construcionalização de sinais soletrados e compostos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é discutida no presente artigo. Para tanto, sob a ótica da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), adotamos o arcabouço da Gramática de Construções Baseada no Uso (GOLDBERG, 2006; HILPERT, 2014; PEREK, 2015; BYBEE, 2008, 2010), vertente que considera a construção a menor unidade do conhecimento linguístico, a fim de contemplarmos o modo como novos signos são formados nessa língua, via construcionalização (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013). Discutimos, então, a formação, a fixação e a mudança, ou seja, o modo de incorporação ao sistema, de sinais soletrados e compostos, via construcionalização produto e construcionalização processo, tal como proposto em Cezario e Alonso (2019). Assim, abordamos casos de construcionalização lexical na Libras, por formação abrupta ou gradual, além de aspectos relacionados ao fenômeno, como o papel do empréstimo, das mudanças construcionais, da frequência e dos papéis dimensionais da produtividade, esquematicidade e composicionalidade desses itens. Defendemos, assim, a construcionalização como processo de mudança e de formação de itens e mostramos que ela explica a emergência de novas construções lexicais, advindas da datilologia e do processo morfológico da composição, ao se tornarem novas representações armazenadas no constructicon.
The constructionalization of fingerspelled and compound signs of Brazilian Sign Language (Libras) is discussed in this article. Therefore, under the perspective of Usage-based Linguistics (UBL), we adopted the Usage-based Construction Grammar framework (GOLDBERG, 2006; HILPERT, 2014; PEREK, 2015; BYBEE, 2008, 2010), which considers the construction to be the smallest unit of linguistic knowledge, in order to contemplate the way in which new signs are formed in this language, via constructionalization (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013). We then discuss the formation, fixation and change, that is, the way spelled and compound signs are incorporated into the system, via product constructionalization and process constructionalization, as proposed in Cezário & Alonso (2019). Thus, we approach cases of lexical constructionalization in Libras, by abrupt or gradual formation, in addition to aspects related to the phenomenon, such as the role of language borrowing, constructional changes, frequency and the dimensional roles of productivity, schematicity and compositionality of such items. We therefore defend constructionalization as an itemchange and formation process and illustrate that it explains the emergence of new lexical constructions, arising from the processes of typing and morphological composition, as they become new representations stored in the constructicon. |
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ISSN: | 1808-835X 1808-835X |
DOI: | 10.31513/linguistica.2020.v16n3a36378 |