Origem e constituição histórica das devoções santeiras em Minas Gerais
É entendimento corrente o fato de a sociedade brasileira ser predominantemente católica. Esse catolicismo, contudo, é historicamente marcado por dois subsistemas que disputam espaços de poder e influência: um institucional, centrado nos sacramentos e na mediação do clero, e outro popular, de corte d...
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Published in: | Revista Desenvolvimento Social (Online) Vol. 26; no. 2; pp. 192 - 214 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social - Universidade Estadual de Montes Claros
01-04-2021
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Summary: | É entendimento corrente o fato de a sociedade brasileira ser predominantemente católica. Esse catolicismo, contudo, é historicamente marcado por dois subsistemas que disputam espaços de poder e influência: um institucional, centrado nos sacramentos e na mediação do clero, e outro popular, de corte devocional, centrado no culto aos santos. Essas devoções santeiras resultaram basicamente da ação dos próprios colonizadores que vieram para o Brasil trazendo sua fé, seus santos e respectivas crenças, festas, promessas e penitências. Longe do catolicismo institucional e dos regulamentos do Vaticano, essas práticas religiosas diversificaram-se ainda mais quando se fundiram com elementos religiosos de indígenas e africanos. Em Minas Gerais, onde as ordens religiosas foram proibidas de se instalar ao longo do século XVIII, foram criadas ordens terceiras, irmandades e associações religiosas de toda espécie. Isso fez com que frutificasse um catolicismo leigo ou catolicismo popular que coube ao Vaticano tentar enquadrar, sobretudo a partir do final do século XIX, naquilo que ficou conhecido como “romanização do catolicismo”. |
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ISSN: | 1982-8608 2179-6807 |
DOI: | 10.46551/issn2179-6807v26n2p192-214 |