PATERNIDADE ADOLESCENTE: A ATUAÇÃO COM FILHOS ENTRE TRÊS E SETE ANOS
O objetivo deste estudo foi investigar a atuação dos pais adolescentes no intervalo entre o nascimento do filho e a fase corrente do desenvolvimento infantil. Quatro pais de crianças de três a sete anos participaram da pesquisa realizada a partir do referencial teórico-metodológico bioecológico de B...
Saved in:
Published in: | Psicologia em estudo Vol. 21; no. 3; p. 425 |
---|---|
Main Authors: | , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
25-11-2016
|
Subjects: | |
Online Access: | Get full text |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | O objetivo deste estudo foi investigar a atuação dos pais adolescentes no intervalo entre o nascimento do filho e a fase corrente do desenvolvimento infantil. Quatro pais de crianças de três a sete anos participaram da pesquisa realizada a partir do referencial teórico-metodológico bioecológico de Bronfenbrenner. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas, focalizaram no transcurso do tempo: o impacto da experiência da paternidade em suas trajetórias pessoais; as mudanças e continuidades nos processos interativos; os fatores de promoção e constrangimento da participação paterna. A análise foi realizada de acordo com teoria fundamentada. As variações observadas nas possibilidades de se vivenciar a paternidade adolescente basearam-se nas interações recíprocas entre as oportunidades e restrições contextuais e as características individuais dos participantes. Os dados indicaram o afastamento dos modelos tradicionais de parentalidade, com a percepção da atuação para além do provimento, incluindo os cuidados diretos à criança e a manifestação mútua de afeto. Contudo a estabilidade da atuação revelou-se comprometida pelos fatores de constrangimento, especialmente pela separação conjugal e pela distância geográfica, que repercutiram na acessibilidade do pai e consequentemente nas oportunidades de participação. Observaram-se maior sobrecarga para a família materna e restrições nas práticas parentais, antes diversificadas, que resultaram prioritariamente em atividades sociais, relacionadas a passeios e entretenimento. Atestou-se que uma boa participação inicial não se mostrou garantia de estabilidade, pois tanto pessoas quanto os contextos se modificam no transcurso do tempo. Mesmo diante das restrições, o interesse e o envolvimento paternos foram mantidos. |
---|---|
ISSN: | 1413-7372 1807-0329 |
DOI: | 10.4025/psicolestud.v21i3.28271 |