Complicações puerperais em um modelo medicalizado de assistência ao parto

Objetivo: analisar as complicações puerperais em mulheres atendidas para o parto pelo setor público de saúde. Método: estudo transversal com 358 puérperas que tiveram parto financiado pelo Sistema Único de Saúde em município do Sul do Brasil. Para a coleta de dados foram realizadas: entrevista com a...

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Published in:REME Vol. 24; no. 1
Main Authors: Monteschio, Lorenna Viccentine Coutinho, Marcon, Sonia Silva, Santos, Rubia Mariana de Souza, Vieira, Viviane Cazetta de Lima, Oliveira, Marcela Demitto de, Goes, Herbert Leopoldo de Freitas, Oliveira, Rosana Rosseto, Mathias, Thais Aidar de Freitas
Format: Journal Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 17-08-2020
Subjects:
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Summary:Objetivo: analisar as complicações puerperais em mulheres atendidas para o parto pelo setor público de saúde. Método: estudo transversal com 358 puérperas que tiveram parto financiado pelo Sistema Único de Saúde em município do Sul do Brasil. Para a coleta de dados foram realizadas: entrevista com a puérpera na internação hospitalar - pelo menos 12 horas após o parto; consulta ao prontuário materno para levantar informações referentes às características sociodemográficas, intervenções e complicações; e contato telefônico com a puérpera 40 dias após o parto para levantamento de possíveis complicações tardias. As complicações foram analisadas segundo dados sociodemográficos, obstétricos, dados do recém-nascido e intervenção obstétrica realizada durante o trabalho de parto ou parto. A análise de associação foi avaliada por meio do cálculo do qui-quadrado, com nível de significância p≤0,05. Resultados: das puérperas, 31,3% tiveram pelo menos uma complicação puerperal cuja necessidade de antimicrobianos foi a mais frequente (12,8%) e as complicações placentárias as menos frequente (2,5%). A cesariana esteve associada à utilização de antimicrobianos (OR=2,2; p=0,0211) e à reinternação (OR=9,9; p=0,007). Foi observado progressivo aumento de complicações puerperais quanto maior o número de intervenções realizadas, o que indica que os hospitais estudados ainda adotam o modelo medicalizado de assistência ao parto, com elevados índices de intervenções obstétricas. Conclusão: a alta taxa de complicações puerperais esteve associada ao modelo obstétrico medicalizado, o que pode ser evidenciado pela ocorrência de complicações independentes do tipo de parto.
ISSN:1415-2762
2316-9389
DOI:10.5935/1415-2762.20200056