“Avançado” ou “precipitado”? Sobre o Modelo de Acesso Avançado/Aberto na Atenção Primária à Saúde

Resumo O modelo de Acesso Avançado ou Aberto (Advanced/Open Access) vem sendo estimulado por gestores e valorizado pela medicina de família e comunidade brasileira como modelo de gestão da clínica na Equipe de Saúde da Família. Este artigo de revisão integrativa discute como essa tecnologia pode qua...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Trabalho, educação e saúde Vol. 20; p. 1
Main Authors: Stelet, Bruno Pereira, Modesto, Antônio Augusto Dall’Agnol, Oliveira Neto, Alfredo de, Aragão, Cristal Moniz de, Reigada, Carolina Lopes de Lima
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Rio de Janeiro Escola Politecnica de Saude Joaquim Venancio, Fundacao Oswaldo Cruz 2022
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Resumo O modelo de Acesso Avançado ou Aberto (Advanced/Open Access) vem sendo estimulado por gestores e valorizado pela medicina de família e comunidade brasileira como modelo de gestão da clínica na Equipe de Saúde da Família. Este artigo de revisão integrativa discute como essa tecnologia pode qualificar ou prejudicar a Atenção Primária à Saúde. Embora ajude a promover mudanças necessárias em agendas tradicionalmente voltadas para ações programáticas, o modelo tem um forte viés gerencialista. Ao desconsiderar premissas básicas, sua implantação pode resultar em sofrimento do profissional e em sua alienação perante o território e o cuidado integral em saúde, além de reforçar o modelo biomédico e a medicalização social. Apontamos caminhos para que ‘avançado’ não signifique ‘precipitado’, destacando que uma implantação com base no diálogo entre trabalhadores, gestores e usuários parece mais coerente com a própria literatura sobre Acesso Avançado e com a produção nacional sobre Acolhimento no Sistema Único de Saúde. Resumen El modelo de Acceso Avanzado o Abierto (Advanced/Open Access) ha sido estimulado por los gestores y valorado por la medicina de familia y por la comunidad brasileña como modelo de gestión de la clínica en el Equipo de Salud de la Familia. Este artículo de revisión integradora analiza cómo esta tecnología puede calificar o perjudicar la Atención Primaria de Salud. Si bien ayuda a promover cambios necesarios en agendas tradicionalmente enfocadas en acciones programáticas, el modelo tiene un fuerte sesgo administrativista. Al desconocer premisas básicas, su implementación puede resultar en sufrimiento del profesional y en su alienación ante el territorio y del cuidado integral en salud, además de reforzar el modelo biomédico y la medicalización social. Señalamos caminos para que ‘avanzado’ no signifique ‘apresurado’, destacando que una implementación basada en el diálogo entre trabajadores, gestores y usuarios parece más coherente con la literatura sobre Acceso Avanzado y con la producción nacional sobre Acogida en el Sistema Único de Salud. Abstract The Advanced/Open Access model has been encouraged by managers and valued by Brazilian family and community medicine as a model of clinical management in the Family Health Team. This integrative review article discusses how this technology can qualify or hinder Primary Health Care. Although it helps to promote necessary changes in agendas traditionally focused on programmatic actions, the model has a strong managerialist bias. By disregarding basic premises, its implementation may result in professional suffering and alienation from the territory and integral health care, besides reinforcing the biomedical model and social medicalization. We point out ways for ‘advanced’ not to mean ‘precipitate’, highlighting that an implementation based on dialogue among workers, managers, and users seems more coherent with the literature on Advanced Access and with the national production on Welcoming in the Unified Health System.
ISSN:1678-1007
1981-7746
DOI:10.1590/1981-7746-ojs588