Silêncio e vergonha: contracepção de emergência em drogaria do Rio de Janeiro
Resumo: Esse artigo discute o processo de interação social estabelecido entre os/as funcionários/as de drogaria e as consumidoras da contracepção de emergência/levonorgestrel (CE). Trata-se de um estudo etnográfico realizado em drogaria da zona norte do município do Rio de Janeiro, com trabalho de c...
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Published in: | Estudos feministas Vol. 25; no. 2; pp. 617 - 636 |
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Main Authors: | , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
01-08-2017
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Summary: | Resumo: Esse artigo discute o processo de interação social estabelecido entre os/as funcionários/as de drogaria e as consumidoras da contracepção de emergência/levonorgestrel (CE). Trata-se de um estudo etnográfico realizado em drogaria da zona norte do município do Rio de Janeiro, com trabalho de campo no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012. São analisadas duas dimensões: - o silêncio e a vergonha que regem a comercialização da CE na drogaria; - a visão discriminatória dos balconistas sobre as consumidoras da CE. Nesta drogaria, a disseminação do uso da CE parece ter fortalecido certo tipo de “pânico moral” existente em torno da sexualidade juvenil feminina, especialmente das jovens pobres. O silêncio e a vergonha percebidos no balcão da drogaria, as classificações socioespaciais e morais que recaem sobre as consumidoras da CE reforçam a necessidade de ampliação do debate nacional sobre a garantia de acesso à CE, com vistas à ampliação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Abstract: This article discusses the process of social interaction established between the pharmacist and clerks and the consumers of emergency contraception (EC). It is an ethnographic research held at a drugstore in the north area of the municipal district of Rio de Janeiro, from January, 2011, to December, 2012. Two dimensions are analyzed: - the silence and shame governing the marketing of EC at the drugstore; - The discriminatory view of clerks on the EC women consumers. Silence and shame perceived in the drugstore counter, socio-spatial and moral conceptions of the EC consumers reinforce the need for broadening the national debate on guaranteed access to EC, aimed at ensuring sexual and reproductive rights of women. |
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ISSN: | 0104-026X 0104-026X |
DOI: | 10.1590/1806-9584.2017v25n2p617 |