Estratégias na suplementação de vacas leiteiras no semi-árido do Brasil
A região semi-árida do Brasil prolonga-se por uma área de 928 km² abrangendo uma parte do norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, os sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí e mais 45 municípios do sudeste do Maranhão. A população é pred...
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Published in: | Revista brasileira de zootecnia Vol. 38; no. spe; pp. 322 - 329 |
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Main Authors: | , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
01-07-2009
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Summary: | A região semi-árida do Brasil prolonga-se por uma área de 928 km² abrangendo uma parte do norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, os sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí e mais 45 municípios do sudeste do Maranhão. A população é predominantemente rural e a ocupação principal de sua força de trabalho é a agropecuária. A pecuária leiteira aparece como uma das poucas opções nas regiões semi-áridas, principalmente no nordeste do Brasil, onde a alimentação dos rebanhos fundamenta-se na utilização de forrageiras cultivadas e no uso da vegetação nativa, predominantemente a caatinga, aspecto que imprime características estacionais à produção nesta região. A escassez e irregularidade acentuada na distribuição de chuvas, tanto no tempo quanto no espaço, com a ocorrência de longos períodos de estiagem, praticamente, determina a obrigatoriedade de suplementação de vacas leiteiras nos sistemas de produções em regiões semi-áridas do Brasil.Desta forma, a suplementação tem se baseado na utilização de recursos forrageiros adaptados à seca, co- produtos e resíduos da agroindústria local e em alimentos concentrados. Algumas alternativas têm sido utilizadas pelos produtores na tentativa de reduzir custos sem perder produtividade nos períodos de estiagem. Para superar as adversidades alguns sistemas de produção têm sido propostos como o CBL (Caatinga-buffel-leucena) e o Sistema Glória. Além desses sistemas mencionados anteriormente, merecem destaque a utilização de co-produtos agroindustriais, restos de cultura, além de forrageiras nativas e adaptadas. Neste aspecto, a palma forrageira (Opuntia fícus indica- Mill) merece atenção especial pela sua grande adaptação, valor nutritivo e produtividade.
The Brazilian semi-arid region has 928 km² ranging from the northern portion of Minas Gerais and Espirito Santo States, the semi-arid lands of Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, and Piauí States, and 45 counties from southeastern Maranhão State. Population is mainly concentrated in rural areas and the major occupation is agriculture and livestock production. Dairy production is one of the few options in these areas, mainly in northeast Brazil, where the feeding systems are based on cultivated forage crops and use of native vegetation, predominately the "Caatinga". These aspects give seasonal characteristics for the production on this region. Inadequate amount and distribution of rainfall in this region presenting strong spatial and seasonal variability and prolonged dry periods practically determines the need for supplementation feeding for dairy cows for production systems located in the semi-arid region. Thus, supplementation has been based on the use of forage resources adapted to the drought, by-products, residues from local agro-industry, and on concentrate feeding. Farmers are also using different options trying to reduce costs without losing productivity during the dry periods. Production systems such as "CBL" (Caatinga-Buffel Grass-Leucaena) and "Gloria System" have been proposed aiming to alleviate the adversities. In addition to these systems, the utilization of agro industrial by-products, crop residues, and native forage resources are important options. In this aspect, the forage cactus (Opuntia ficus-indica Mill.) deserves special attention for its great adaptation, nutritive value, and productivity in the region. |
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ISSN: | 1516-3598 1516-3598 |
DOI: | 10.1590/S1516-35982009001300032 |