Fatores associados a sintomas osteomusculares em profissionais que trabalham sentados

OBJETIVOS: Estimar a prevalência de sintomas osteomusculares e analisar os fatores a eles associados em profissionais de setores administrativos que trabalham predominantemente na postura sentada. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal com dados obtidos de 451 trabalhadores de instituição pública f...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista de saúde pública Vol. 55; p. 2
Main Authors: Lopes, Anália Rosário, Trelha, Celita Salmaso, Robazzi, Maria Lúcia do Carmo Cruz, Reis, Roberta Alvarenga, Pereira, Maria José Bistafa, Santos, Claudia Benedita dos
Format: Journal Article
Language:English
Published: 02-04-2021
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:OBJETIVOS: Estimar a prevalência de sintomas osteomusculares e analisar os fatores a eles associados em profissionais de setores administrativos que trabalham predominantemente na postura sentada. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal com dados obtidos de 451 trabalhadores de instituição pública federal na região Sul do país. A variável dependente foi o número de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses, aferido utilizando-se o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Foram investigadas 19 variáveis independentes, divididas em quatro categorias: características sociodemográficas, comportamentais, ocupacionais e de saúde. Foi realizada análise univariada e, na sequência, regressão múltipla de Poisson com variância robusta. As variáveis independentes foram inseridas em blocos com critério backward stepwise, considerando o valor para estatística de Wald igual a 0,20. As medidas de efeito foram expressas em aumento relativo (AR) no valor médio, sendo os dados analisados para um nível de significância de 5%. RESULTADOS: A prevalência estimada de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses foi de 90% (intervalo de confiança – IC95% 87–93). No modelo final da análise de regressão, as variáveis sexo feminino (AR = 14,75%), índice de capacidade para o trabalho baixo (AR = 100,02%) e moderado (AR = 64,06%), uso de medicamentos (AR = 48,06%) e circunferência da cintura em risco (AR = 15,59%) tiveram associação significativa com o aumento da média de sintomas; já a escolaridade com ensino técnico atuou como fator de proteção, reduzindo a média em 36,46%. CONCLUSÕES: A alta prevalência de sintomas osteomusculares encontrada e os fatores associados indicam a necessidade de propor ações e cuidados específicos para essa população, como tratamento imediato dos sintomas e mudanças na organização e no ambiente laboral, a fim de alcançar equilíbrio e harmonia nas exigências do trabalho sentado prolongado e evitar o impacto dessa condição na saúde pública. DESCRITORES: Saúde do Trabalhador. Medidas de Associação, Exposição, Risco ou Desfecho. Transtornos Traumáticos Cumulativos. Postura. Estilo de Vida Sedentário.
ISSN:0034-8910
1518-8787
DOI:10.11606/s1518-8787.2021055002617