Correção intracardíaca da tetralogia de Fallot no primeiro ano de vida: resultados a curto e médio prazos

OBJETIVO: Avaliar os resultados a curto e médio prazos da correção intracardíaca da tetralogia de Fallot no primeiro ano de vida. MÉTODOS: De janeiro de 1996 a outubro de 2004, 67 crianças com idade variando de 1 a 11 meses (média: 7,2 meses) e pesando entre 4 a 10 quilos (média: 7,1 kg) foram eleti...

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Published in:Revista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 23; no. 2; pp. 216 - 223
Main Authors: Moraes Neto, Fernando Ribeiro de, Santos, Cleusa Cavalcanti Lapa, Moraes, Carlos Roberto Ribeiro de
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01-06-2008
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Description
Summary:OBJETIVO: Avaliar os resultados a curto e médio prazos da correção intracardíaca da tetralogia de Fallot no primeiro ano de vida. MÉTODOS: De janeiro de 1996 a outubro de 2004, 67 crianças com idade variando de 1 a 11 meses (média: 7,2 meses) e pesando entre 4 a 10 quilos (média: 7,1 kg) foram eletivamente submetidas a correção intracardíaca da tetralogia de Fallot. A cirurgia foi realizada com circulação extracorpórea convencional e hipotermia moderada. Ventriculotomia direita foi realizada em 60 (89,5%) casos e em sete (10,5%) utilizou-se a abordagem do defeito pela via atriopulmonar. RESULTADOS: O tempo de circulação extracorpórea variou de 35 a 147 minutos (média:78,8 ± 21 minutos), e o tempo de pinçamento da aorta variou de 25 a 86 minutos (média: 51,8 ± 15,6 minutos). Ampliação transanular da via de saída do ventrículo direito foi necessária em 50 (64,1%) casos. O gradiente entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar, após a correção, variou de 0 a 54 mmHg (média: 15,5 ± 10,8 mmHg). Ocorreram dois (2,98%) óbitos no pós-operatório imediato. O seguimento tardio variou de 7 a 115 meses (média: 44,0 ± 35 meses). Houve uma morte tardia não-cardíaca. Todos os outros pacientes estão assintomáticos. A curva de sobrevida actuarial, incluindo a mortalidade operatória, revelou que a probabilidade de sobrevida, 12 anos após a operação, é de 97%. Dez pacientes foram avaliados por angiorresonânia magnética nuclear. CONCLUSÕES: A correção intracardíaca da tetralogia de Fallot no primeiro ano de vida pode ser feita com baixas morbidade e mortalidade e bons resultados tardios.
ISSN:1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76382008000200011