PARRĒSÍA E HIPOCRISIA, FOUCAULT E NIETZSCHE
Esboça-se neste texto um diálogo, ou mesmo contraponto, entre dois modelos éticos de cuidado ou criação de si: o modelo cínico, calcado no discurso parrēsíástico e apresentado por Foucault nas preleções da década de 80 no Collège de France, e por outro lado, aquele compreendido como hipócrita, ampar...
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Published in: | Polymatheia Vol. 10; no. 16 |
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Main Author: | |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Editora Uece
01-07-2021
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Summary: | Esboça-se neste texto um diálogo, ou mesmo contraponto, entre dois modelos éticos de cuidado ou criação de si: o modelo cínico, calcado no discurso parrēsíástico e apresentado por Foucault nas preleções da década de 80 no Collège de France, e por outro lado, aquele compreendido como hipócrita, amparado em uma compreensão de hipocrisia enquanto arte do engano e arte do ator, aqui aproximado do personagem conceitual nietzscheano do espírito livre. Como pano de fundo está uma reavaliação de práticas tais como: mímēsis, dóxa e prospoíēsis, além da própria hypókrisis, que, condenadas pelo pensamento filosófico hegemônico, reencontrariam lastro nas formas de inteligência estocástica e astuciosa que comandam a lida com a inconstância, a multiplicidade e os acasos – às quais os gregos atribuíram o nome da deusa Mêtis [Μήτις]. |
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ISSN: | 1984-9575 |