Naturalização das demandas para a Psicologia: uma questão atual

A ampliação do campo das políticas públicas, a partir da década de 1980 no Brasil, tem provocado o surgimento de uma diversidade de práticas nas quais se dirigem novas demandas para o campo da psicologia. Com o intuito de problematizar o efeito destas demandas na reconfiguração deste campo, tomamos...

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Published in:Revista Polis e Psique
Main Authors: Andréa Luiza da Silveira, Karine Vanessa Perez, Volmir Mielczarski dos Santos
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 01-09-2019
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Description
Summary:A ampliação do campo das políticas públicas, a partir da década de 1980 no Brasil, tem provocado o surgimento de uma diversidade de práticas nas quais se dirigem novas demandas para o campo da psicologia. Com o intuito de problematizar o efeito destas demandas na reconfiguração deste campo, tomamos a naturalização como eixo norteador. Desenvolvemos inicialmente nosso argumento partindo da análise da naturalização como um elemento que se fez presente desde a instauração da psicologia, considerando as crises que operam em seu desenvolvimento desde o momento que ela se impôs a tarefa de renovação e ultrapassagem de modos de compreensão naturalizantes. Esta renovação é um fato histórico que se repete no desenvolvimento da psicologia mantendo-se como uma tarefa sempre incompleta. Assim, para formularmos aspectos relativos às especificidades dos efeitos da naturalização das demandas nas instituições nos dedicamos a um retorno às elaborações iniciais dos analistas institucionais que se realizaram no contexto das manifestações de maio de 1968. De posse destes elementos passamos à análise do contexto atual das políticas públicas, partindo de uma reflexão sobre a inteligibilidade neoliberal e o quanto ela vem transversalizando tanto a dimensão das demandas quanto das práticas da psicologia. Depois avançamos sobre algumas considerações do quanto o redimensionamento da relação da política com a clínica pode criar alternativas perante as modulações do capitalismo vigente.
ISSN:2238-152X
2238-152X
DOI:10.22456/2238-152X.51094