Transgeneridades no debate atual sobre as políticas de identidade: (des)construções e tensionamentos ao paradigma heteronormativo no Brasil
Transgender is a term commonly used to talk about the multiplicity of subjects who experience their subjectivity through identifying processes that evade biologically and culturally determined normativity. However, such terminology has a tense debate, since it produces a category that constitute an...
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Published in: | Travessias Vol. 12; no. 3; pp. 20 - 30 |
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Main Authors: | , |
Format: | Journal Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
2018
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Subjects: | |
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Summary: | Transgender is a term commonly used to talk about the multiplicity of subjects who experience their subjectivity through identifying processes that evade biologically and culturally determined normativity. However, such terminology has a tense debate, since it produces a category that constitute an organized identity between social groups, but it can also produce exclusion and generalization. Discussing the term trans and its derivations (transex, transgender, etc.) is not only a critique to possibles reductionisms, but an alert of not falling into traps. Seeking to understand processes of social identity is interesting for the achievement of social rights. However, it is important to understand how each person names themselves and what is relevant to them. How your experience can be unique and particular. This work aims to discuss the terminologies used to describe subjects' experiences in the midst of transgressions, differentiations and ruptures to heteronormative references, in the main the terms transgender and transgenerity. We define our framework from theoretical approaches with Post-structuralism, considering that all discursive formation permeates linguistic regularities mixed according to strategic power games, involving exclusion procedures composed of interdictions, separations and the will of truth, in which the inconsistencies structures do their own dismantling. We propose that the uses of identity categories are not random. The need for collective identities can facilitate democratic articulation and raise issues that generate critical weight within social rights vis-à-vis public power.
Transgênero é um termo comumente utilizado para englobar a multiplicidade de sujeitos que vivenciam sua subjetividade através de processos identificatórios que fogem a normatividade biológica e culturalmente determinada. Contudo, tal terminologia possui um tenso debate, uma vez que produz uma categoria “guarda-chuva” para constituir uma identidade organizada entre grupos sociais, mas pode produzir também exclusão e generalização. Debater o termo trans e suas derivações (transgênero, transgeneridade, etc.) não é apenas uma crítica a possíveis reducionismos, mas uma possibilidade de não cair em armadilhas. Buscar compreender processos de construção identidade social é interessante para a conquista de direitos sociais. Porém, é importante entender como cada sujeito se auto-denomina e o que é relevante a ela/ele. Como sua experiência pode ser única e particular. Assim, este trabalho tem como objetivo discutir as terminologias utilizadas para denominar experiências de sujeitos em meio a transgressões, diferenciações e rupturas a referenciais heteronormativos, em principal os termos transgênero e transgeneridade. Pautamos nosso referencial a partir de aproximações teóricas com o Pós-estruturalismo, considerando que toda formação discursiva perpassa regularidades linguísticas justapostas de acordo com jogos estratégicos de poder, envolvendo procedimentos de exclusão compostos por interdições, separações e a vontade de verdade, em que as inconsistências internas das estruturas fazem o seu próprio desmantelamento. Propomos que os usos das categorias identitárias não são aleatórios. A necessidade de identidades coletivas pode facilitar uma rearticulação democrática e fazer emergir questões que gerem peso crítico dentro de direitos sociais frente ao poder público. |
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ISSN: | 1982-5935 1982-5935 |