ANÁLISE EXPLORATÓRIA DAS RAMPAS DE ACESSIBILIDADE NAS CALÇADAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Apesar da previsão legal de acessibilidade, menos de 5% da rede de calçadas brasileira é dotada de rampas de acessibilidade, dificultando a mobilidade independente em espaços urbanos para alguns usuários. Este estudo apresenta uma análise exploratória dos dados censitários sobre a presença de rampas...
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Published in: | Geografar Vol. 17; no. 1; pp. 231 - 248 |
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Main Authors: | , , |
Format: | Journal Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
24-07-2022
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Summary: | Apesar da previsão legal de acessibilidade, menos de 5% da rede de calçadas brasileira é dotada de rampas de acessibilidade, dificultando a mobilidade independente em espaços urbanos para alguns usuários. Este estudo apresenta uma análise exploratória dos dados censitários sobre a presença de rampas de acessibilidade nas áreas urbanas dos municípios do estado de São Paulo. Para tal, foram propostas abordagens quantitativas e espaciais, trazendo um debate acerca da influência de fatores como estrato populacional, legislações urbanísticas e estágios regionais de urbanização na ocorrência de diferentes porcentagens de domicílios com frente para calçadas com e sem rampas. Os dados analisados apontaram que 643 municípios – dos 645 do total do estado – possuem menos de 50% dos domicílios em áreas urbanas com face para calçadas com rampas, indicando que o estado como um todo está muito distante de alcançar as premissas de acessibilidade em ambientes urbanos. Este cenário pode ser um alerta para que os municípios que ainda se encontram em estágios iniciais de expansão urbana possam incorporar aspectos de acessibilidade nas estratégias de planejamento e desenvolvimento urbano, e não se espelhar em regiões fortemente consolidadas que atuam num longo processo de remediação e adaptação.
Despite the legal provision for accessibility, less than 5% of the Brazilian sidewalks network is endorsed with accessible curb ramps, making independent mobility in urban spaces difficult for some users. This study presents an exploratory analysis of census data on presence of accessibility ramps in the urban areas of the São Paulo state cities. For this, quantitative and spatial approaches were proposed, bringing a debate about the influence of factors such as population stratum, urban legislation and regional stages of urbanization in the occurrence of different percentages of dwelling facing sidewalks with and without ramps. The analysed data showed that 643 municipalities – of the 645 of the total state – have less than 50% of the dwelling in urban areas facing sidewalks with ramps, indicating that the state as a whole is very far from reaching the premises of accessibility in urban environments. This scenario may be a warning so that cities that are still in the early stages of urban expansion can incorporate aspects of accessibility during urban planning and development strategies, and not be mirrored in strongly consolidated regions that operate in a long process of remediation and adaptation. |
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ISSN: | 1981-089X 1981-089X |
DOI: | 10.5380/geografar.v17i1.79675 |