Megawatts que vêm pelo mar contribuições de um navio-usina para ciência e memória técnica do setor energético brasileiro
O trabalho analisa a trajetória do navio-usina Seapower e suas contribuições para memória técnica e científica do setor energético brasileiro. Modelo de produção energética pouco explorado em pesquisas, o objeto em questão possui uma fascinante epopeia: desenvolvido na década de 1940 nos Estados Uni...
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Published in: | Revista brasileira de história da ciência Vol. 17; no. 1; pp. 205 - 220 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
22-07-2024
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Summary: | O trabalho analisa a trajetória do navio-usina Seapower e suas contribuições para memória técnica e científica do setor energético brasileiro. Modelo de produção energética pouco explorado em pesquisas, o objeto em questão possui uma fascinante epopeia: desenvolvido na década de 1940 nos Estados Unidos, o Seapower foi usado no abastecimento energético durante a Segunda Guerra Mundial. Após passagens por Europa e África chega ao Brasil na década de 1950, adquirido pela Brazilian Hydroeletric Company, batizado de Piraquê e fornecendo energia para regiões do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A partir da década de 1970 é levado para região Norte, para Manaus-AM e Belém-PA, sendo rebatizado de Poraquê, o peixe-elétrico da Amazônia. Após uma série de adaptações necessárias para seu uso, o navio seria desativado na década de 1980, tendo um triste fim ao tornar-se “quebra-ondas”, naufragado na orla de Cametá-PA, onde encontra-se até hoje. O mote documental é composto por diários de bordo, jornais, relatórios governamentais e fontes orais. Em diálogo com a bibliografia do setor a análise dessa trajetória contribui para tecermos considerações sobre nosso patrimônio energético, experiências técnicas e tecnológicas, acordos de cooperação internacionais, bem como para ampliar o campo de estudos da história da ciência e do setor energético, cujas lacunas e problemáticas ainda permeiam o campo de pesquisas. |
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ISSN: | 1983-4713 2176-3275 |
DOI: | 10.53727/rbhc.v17i1.998 |